Banca de DEFESA: MARCELO REZENDE MARTINS
30/07/2023 09:05
Os Ecossistemas Empreendedores têm emergido para proporcionar ambientes propensos à criação de novas empresas e ao desenvolvimento de inovações em determinado contexto geográfico. Essas empresas, predominantemente startups, são os principais atores nesses ambientes e se relacionam com diversos outros atores. Dentre esses, estão as universidades, que são atores fundamentais para incentivar o estímulo ao empreendedorismo e à inovação, além de exercerem um papel importante na disseminação de conhecimento e formação de talentos. Nesse contexto, os Ecossistemas Empreendedores são identificados como um conjunto de atores interconectados com o objetivo de gerar desenvolvimento e aumentar o desempenho de um ambiente empresarial local compreendido em um dado território. Para que haja essas interconexões, os atores de um Ecossistema Empreendedor estabelecem relações, interagindo formal e informalmente com o objetivo de desenvolver-se, assim como o Ecossistema Empreendedor local. Nos últimos cinco anos, várias ações vêm sendo realizadas pelos atores do Ecossistema Empreendedor sergipano para que haja sua evolução e desenvolvimento. Contudo, ressalta-se que para que isso ocorra, tais atores precisam estabelecer relações e agir de forma colaborativa, compartilhando informações e experiências de modo a corroborar tal desenvolvimento. Diante disso, a presente pesquisa teve como objetivo compreender como são construídas as relações entre as startups e universidades e suas influências no desenvolvimento e no sucesso do Ecossistema Empreendedor Sergipano. Para atender a esse objetivo, tal pesquisa adotou como procedimentos metodológicos uma natureza qualitativa, de tipos exploratório e descritivo. A estratégia usada foi o estudo qualitativo básico. Para coleta de dados foram utilizadas como fontes de evidência a observação participante em eventos que ocorreram no Ecossistema Empreendedor sergipano ligados à inovação e empreendedorismo, assim como a participação em reuniões e grupos em redes sociais de empreendedores de startups, a análise de documentos e relatórios e entrevistas semiestruturadas. Por conseguinte, foram aplicados dois tipos distintos de roteiros de entrevistas semiestruturados, totalizando 22 entrevistas (15 com empreendedores de startups e 7 com profissionais representantes das universidades), selecionados a partir da técnica de amostragem snowball sampling (bola de neve). O tratamento e análise de dados foi realizado por meio de análise de conteúdo. A partir das análises realizadas, foi perceptível que: I) as relações construídas no Ecossistema Empreendedor sergipano são mais próximas entre startups, constituindo uma rede de apoio de empreendedores, enquanto as relações entre startups e universidades são mais distantes; II) foi percebido pelos entrevistados que existem impactos e/ou contribuições originadas por meio do estabelecimento dessas relações; III) foram identificados benefícios que emergem a partir das relações construídas entre os atores entrevistados. Concluiu-se que, embora existam frutos originados por meio dessas relações, há um distanciamento entre startups e universidades no Ecossistema Empreendedor sergipano, além de perceber-se que falta por parte das universidades publicidade das ações realizadas em prol do Ecossistema Empreendedor e do desenvolvimento de startups.
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