Banca de DEFESA: TATIANE DE OLIVEIRA SANTOS
24/07/2023 13:45
Embora tenha sido previamente demonstrado que a estimulação de receptores para ocitocina (OT) possa controlar a massa muscular esquelética in vitro e in vivo, os mecanismos intracelulares que medeiam este efeito ainda são pouco conhecidos. Desta forma, músculos esqueléticos oxidativos de ratas foram isolados e incubados com OT, com um agonista seletivo não-peptídico (WAY-267,464) e com um antagonista (atosiban) dos receptores para OT (OTR) e taxa de degradação proteica foi avaliada. Os resultados indicaram que tanto a OT como o WAY-267,464 (WAY) atenuaram a proteólise muscular e este efeito foi bloqueado pela adição do atosiban no meio de incubação. Além disso, observou-se que a ação anti-catabólica no metabolismo de proteínas musculares produzida pelo WAY é independente do acoplamento entre o OTR e a proteína Gαi, uma vez que ela foi insensível à toxina pertussis (PTX). Por outro lado, a inibição dos receptores para inositol trifosfofato (IP3R), os quais medeiam o efluxo de Ca2+ do reticulo sarcoplasmático para o citoplasma, completamente bloqueou o aumento no conteúdo de substratos fosforilados pela proteína quinase dependente de Ca2+ (PKC), na fosforilação da Akt e FoxO1 e consequentemente, na diminuição de LC3 (um marcador da proteólise autofágica/lisossomal) e da proteólise total. Resultados similares foram obtidos em músculos incubados na presença de WAY e da triciribina, um inibidor da Akt. Em conjunto, estes dados indicam que o OTR produz seus efeitos anti-catabólicos no metabolismo de proteínas musculoesqueléticas, através de sua interação com à via Gαq induzindo aumento na concentração de Ca2+ via IP3R e de uma sinalização intracelular cruzada com a Akt, a qual fosforila e inibe FoxO1 o que consequentemente diminuirá a expressão de genes relacionados à atrofia, como o LC3 e a proteólise muscular.
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