Banca de DEFESA: EULER WAGNER FREITAS SANTOS
08/05/2023 18:08
O Concreto é o material mais utilizado mundialmente em estruturas de construções. Apesar de ter elevada resistência ao fogo, a estabilidade estrutural das edificações de concreto armado pode ser muito comprometida devido à perda de integridade do concreto por exposição ao calor decorrente de sinistros de incêndio. Os constituintes desse compósito sofrem transformações físico-químicas com o calor, influenciando diretamente na sua resistência mecânica. Após um evento de incêndio, é primordial uma adequada avaliação da integridade de estruturas de concreto armado, indo além do emprego exclusivo da inspeção visual, e buscando-se rastrear as mudanças na microestrutura do concreto que impactam nas suas propriedades mecânicas. Sendo assim, este estudo buscou investigar o nível de degradação de concretos de duas classes de resistências usuais em estruturas (C25 e C40), após submetidos a aquecimentos em três níveis de temperaturas (200 °C, 450 °C e 800 °C) para simulação de incêndios, em duas idades (100 dias e 720 dias). Corpos de prova cilíndricos foram submetidos a ensaios de ultrassom, e, posteriormente, rompidos à compressão axial. Amostras de concreto da seção de fratura foram submetidas a análises químicas por espectroscopia Raman e difratometria de raios (DRX), e ainda estudos morfológicos com o microscópio eletrônico de varredura (MEV). Os resultados do MEV, Raman e DRX revelaram eficientemente o estado de degradação do concreto (por transformações de fases, formação de poros e fissuras), sendo compatíveis com as reduções de velocidade de pulso ultrassônico (VPU) e da resistência à compressão com o aumento da temperatura. Essas degradações, por sua vez, não variaram com a idade de secagem e com a classe de resistência desse compósito.
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