Banca de DEFESA: PATRICIA CARVALHO PADILHA
27/04/2023 16:14
A pesquisa situa-se na interseção entre os campos de estudos sobre migrações internacionais, sociologia do corpo e o debate sobre produção de identidades e alteridades. Ela visa esclarecer os efeitos da incorporação da trajetória migratória na reconstituição identitária dos imigrantes venezuelanos, alunos da Escola Estadual de 1 ̊ Grau 13 de Setembro, em Boa Vista/ RR. Dessa reflexão emerge o questionamento “De que modo a incorporação da trajetória migratória implica em um processo de reconstrução identitária De jovens imigrantes venezuelanos no ambiente escolar?” Objetivamos verificar como o corpo é um elemento de reconstrução identitária dos venezuelanos no âmbito da escola, delimitando conceitual e teoricamente o objeto especialmente a partir do conceitos de habitus e hexis, e da ideia de incorporação. Para alcançar os objetivos, recorreremos à pesquisa exploratória, bibliográfica, documental e qualitativa; com coleta de dados por meio da aplicação de questionário, observação direta e conversas informais com alunos e professores. Quanto à sustentação teórica, partimos de autores como Bhabha (2001), Csordas (2013), Sayad (1998), Goffman (1981), , Canclini (2003, 2005, 2011) e Le Breton (2007), Ennes (2014) e principalmente Bourdieu (1983, 1990, 2007). Os resultados demostram que as mudanças corporais capitalizam o imigrante e são uma estratégia para socialização (para uma minoria de alunos, para os quais o corpo é um estigma); para a maioria, as mudanças representam um capital e fazem parte de estratégias em sua vida em geral na cidade de Boa Vista, .Na escola estudada, onde compõe a maior parte alunos da classe, os jovens venezuelanos utilizam o corpo como afirmação da sua identidade, como uma forma de emblema, resistência, transgressão.
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