Banca de QUALIFICAÇÃO: MARÍLIA FARIA CHAVES
05/04/2023 09:58
Face a crise estrutural, o processo de financeirização da economia provocou alterações espaciaisem diferentes escalas de acumulação, a partir da década de 1990, no Brasil. Ao assumir aspolíticas neoliberais, o Estado passou a ser controlado pelo capital financeiro e a necessidade decirculação, torna-se cada vez maior e mais acelerada. O Estado estimula as formas de créditocom o propósito de assegurar um equilíbrio da crise, estabelecendo estratégias de planejamentourbano e regional como formas de criar condições favoráveis a acumulação de capital para aextração de mais-valor, o que, na maioria das vezes, gera especulação desenfreada, produzindonova configuração espacial. Nesse movimento, o sistema de crédito, pode acelerarsimultaneamente a produção e consumo, uma vez que pode ser utilizado para as indústrias, paraas empresas e para o consumidor final como forma de capital fictício. O capital fictício, na suaforma de título, não gera valor, no entanto ele participa da distribuição da mais-valia produzida,como por exemplo, com a abertura de vias de circulação e investimentos do capital fixo.Apropriados de forma privada, o investimento de capital fixo garante aosproprietários/capitalistas maximizar as rendas fundiárias e lucros, com o objetivo insaciável dolucro, os capitalistas começam a fazer dinheiro com o crescimento no valor de seus ativosfinanceiros e com a abertura comercial das economias dependentes. mediante a especulação deterras, imóveis e dos ativos financeiros. A especulação do capital fictício aumenta o consumo,mas, isso afeta diretamente a própria produção e exploração direta do trabalho produtivo. Nessadireção refletir sobre o capital financeiro na esfera da ciência geográfica possibilita-nos analisar,as estratégias de espacialização do capital em diferentes escalas de reprodução do seu cicloprodutivo. Dessa forma, apreender a totalidade mediante a realidade concreta e suascontradições, possibilita-nos analisar o capital financeiro no processo das determinações dadinâmica espaço/tempo na configuração territorial e social do trabalho. Nesse contexto nossapesquisa/Tese parte do pressuposto de que: o processo de financeirização infere no processo dareprodução do espaço, aprofundando os conflitos socioespaciais na dialética campo-cidade,potencializados pelos novos ativos financeiros, via relação Estado - capital privado, por meio darelação entre proprietários fundiários, capital financeiro e especulativo consolidando umageografia da acumulação no Município de Vitória da Conquista/BA.
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