Banca de DEFESA: ADRIANA CARDOSO BATISTA
17/02/2023 15:47
A prevenção, o diagnóstico precoce e a qualidade do tratamento têm sido as principaisarmas na luta pela redução da mortalidade por câncer, nos últimos 40 anos. A pandemiada COVID-19 inicialmente ocasionou a adoção de medidas restritivas nos sistemas desaúde, que resultaram no adiamento de diagnósticos e tratamentos de diversos tipos decânceres, em muitos países acometidos pela doença. Objetivos: avaliar a tendência damortalidade por câncer nas mulheres no estado de Sergipe, de 1980 a 2021; analisar atendência de mortes por câncer nestas mulheres, categorizadas por faixas etárias, de 1980a 2021; avaliar a tendência na mortalidade pelos cinco cânceres mais letais, de 1980 a2021 e estudar a influência da pandemia da COVID-19 na mortalidade por câncer, em2020 e 2021. Métodos: estudo do tipo ecológico, retrospectivo, de séries temporais. Osdados foram extraídos do banco de dados do Sistema de Informações sobre Mortalidadeda Secretaria de Estado da Saúde de Sergipe. Consideramos como variáveis: idade,categorizada por faixas etárias, topografia do tumor primário e o ano do óbito. Incluímostodos os óbitos por câncer na população, durante o período do estudo. Analisamos as taxaspadronizadas e específicas por idade, utilizando o software Joinpoint RegressionProgram, para o processamento dos dados. A população considerada como denominador,para os cálculos das taxas foi o total de mulheres expostas ao risco residentes no estadode Sergipe, em cada ano, segundo os censos e estimativas intercensitárias do InstitutoBrasileiro de Geografia e Estatística. Resultados: entre 1980 e 2021 foram registrados 20332 óbitos por câncer em mulheres no estado de Sergipe: 16,44% de mama, 10,71% decolo uterino, 8,5% de traqueia, brônquio e pulmão, 6,01% de cólon e reto, 4,98% de fígadoe vias biliares intra-hepáticas, e 53,35% de outros tipos. As taxas padronizadas por idade,para a mortalidade por todos os tipos de câncer, tiveram tendência de aumento até 2009com APC 2,9 (IC 95% 2,4; 3,5) e estabilidade de 2009 a 2021. As taxas padronizadas eespecíficas por idade para a mortalidade por câncer em geral e para os cinco tipos maisletais mantiveram estabilidade, em 2020 e 2021. Conclusões: a mortalidade por câncernas mulheres em Sergipe apresentou uma tendência de aumento até 2009 e estabilidadeentre 2009 e 2021. Não observamos alterações nas tendências de mortes pela doença,durante os dois primeiros anos da pandemia da COVID-19. Novos estudos com mais anospós-pandemia poderão detectar se haverá influência da pandemia na mortalidade porcâncer, a médio e longo prazo.
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