Banca de DEFESA: DOUGLAS SANTOS NECO
16/02/2023 13:50
Em meados da década de 1946, o Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe – IHGSE recebeu uma doação de objetos de cultura material, frutos de apreensão pela então chefatura de polícia do estado de Sergipe, objetos estes provenientes de comunidades afrorreligiosas da cidade de Aracaju/SE. Logo após o recebimento foram integradas aos acervos e coleções do Museu Galdino Bicho, passando por um processo de musealização, essas materialidades desde então se encontram sob a guarda da instituição. Contudo, mesmo após mais de setenta e seis anos, pouco se sabe a respeito desses objetos. Desse modo, essa dissertação buscou através do campo investigativo identificar, documentar e evidenciar essa coleção efetuando uma estratigrafia de memórias. Levando em consideração os caminhos de relações discursivas entre arqueologia, patrimônio e sociedade foi possível problematizar os usos e gestão das coleções, provenientes do campo arqueológico e ou adquiridos por outras meios, estando musealizados ou não em instituições culturais, museus entre outros. Fundamentamos os questionamentos presentes nesse inscrito dissertativo com base nas perspectivas que envolvem o discurso das materialidades através das lentes da arqueologia e museologia compreendendo suas interdisciplinaridades, destacando os processos decoloniais para compor as reflexões na arqueologia, e estabelecer processos de reparação social através dos bens sensíveis. Neste sentido a decolonialidade do pensamento compõe esse essas colocações enquanto norteadores do pensamento crítico. Dentro dessa perspectiva foi possível mensurar possibilidades de ressignificações, restituições que podem ocasionar em um processo de reparação para com as comunidades afrorreligiosas historicamente subalternizada.
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