Banca de DEFESA: LIDIANE DE ASEVEDO SILVA
15/02/2023 16:56
A região sudoeste da Amazônia é caracterizada por uma grande diversidade de fósseis de mamíferos cenozóicos do Mioceno tardio da Fm. Solimões e do Pleistoceno de depósitos aluviais quaternários, que afloram ao longo dos barrancos de importantes rios afluentes do Rio Amazonas (Juruá, Purus, Acre, Madeira e seus tributários) e em cortes de estrada nos estados do Acre, Amazonas e Rondônia, Brasil. Mamíferos herbívoros de grande porte correspondem aos principais representantes dessa assembleia. Portanto, xenartros, roedores, notoungulados e litopternos constituem a fauna do Mioceno, que representam a fauna mais recente precedente ao Grande Intercâmbio Biótico Americano - GABI (Plioceno tardio/Pleistoceno inicial). Esse evento contribuiu para o estabelecimento de várias linhagens de origem Holártica na América do Sul durante o Pleistoceno. Assim, proboscídeos, perissodáctilos e cetartiodáctilos também integram a assembleia pleistocênica da Amazônia. Pouco se sabe sobre os papéis ecológicos desses grandes animais que viveram na Amazônia nas distintas épocas pretéritas. Desta forma, o projeto visa reconstruir a paleoecologia das assembléias de megaherbívoros (>44kg), através de análises isotópicas de carbono e oxigênio da bioapatita do tecido ósseo/dentário e de microdesgaste dentário, a fim de contribuir para um maior entendimento sobre os padrões alimentares e particionamento de nichos das espécies e o ambiente e clima dos habitats amazônicos durante o Mioceno e Pleistoceno.
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