Banca de QUALIFICAÇÃO: VANESSA MODESTO DOS SANTOS
15/02/2023 16:01
O abastecimento alimentar por meio dos mercados alimentares dos circuitos curtos de comercialização, contribuem para a concretização da Segurança Alimentar e Nutricional. A feira convencional se traduz como um território onde são comercializados alimentos que são cultivados nas proximidades geográficas, entretanto, observa-se o avanço de produtos oriundos do circuito longo comercializado por intermediários, os quais não são identificadas a procedência. Nessas feiras, é comum os alimentos cultivados pelos agricultores locais concorrerem com alimentos de qualidade inferior produzidos em outros territórios. Diante das dificuldades enfrentadas pelos agricultores para comercialização de alimentos nos idos dos anos 2010, o Estado de Sergipe incentiva a constituição das feiras da agricultura familiar por meio de políticas públicas relacionadas a projeto desenvolvido em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) em vários municípios sergipanos. Nesta pesquisa será evidenciada a dinâmica de funcionamento e estruturação das feiras da agricultura familiar no recorte territorial composto pelos municípios: Cristinápolis, Indiaroba, Itabaianinha, Santa Luzia do Itanhy e Umbaúba localizados no território Sul Sergipano. O objetivo desta investigação é analisar como as feiras da agricultura familiar estão organizadas, as estratégias, os desafios enfrentados pelos agricultores feirantes do Sul sergipano e a contribuição para a segurança alimentar nutricional nos municípios. Tomamos como categoria geográfica o Território tendo em vista as relações de poder evidenciadas no âmbito da feira, além dos conceitos da agricultura familiar camponesa e a segurança alimentar nutricional visto que tais conceitos estão imbricados na feira. Como procedimentos metodológicos foi escolhida a metodologia qualitativa com a revisão teórica, pesquisa no recorte espacial com os agricultores/feirantes, representantes de sindicatos rurais e de associações dos agricultores, consumidores, assim como os representantes da Secretaria de Agricultura e de órgãos públicos como a Emdagro. Diante das problemáticas enfrentadas pelos agricultores nesses municípios diante do avanço da citricultura e da monocultura do milho, faz-se necessário avaliar a constituição da feira e os reflexos na reprodução social dos grupos familiares envolvidos. Além disso, faz-se necessário compreender como a comercialização desses alimentos contribui para a segurança alimentar nutricional dos consumidores nos distintos municípios. Em pesquisa exploratória observou-se a demanda dos alimentos pelos consumidores locais, a relação de proximidade entre agricultores e consumidores, contudo, os agricultores ressaltam as dificuldades enfrentadas no cotidiano da agricultura e na comercialização.
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