Banca de DEFESA: LIDIANE METODIO DOS SANTOS
13/02/2023 12:32
A historiografia oficial silenciou a história das mulheres durante séculos, descritas como coadjuvantes dos momentos e ficando à mercê das sombras de “grandes homens”. Tendo em vista esse contexto, o presente trabalho objetiva construir uma História em Quadrinhos (HQ) com uso de biografias de Maria Bonita e Sila, participantes do movimento Cangaço como metodologia de ensino em sala de aula para os estudantes da Educação Básica, com foco nos alunos do Ensino Fundamental II e Ensino Médio. Visando ressignificar a história das mulheres em sala de aula e usá-las como exemplo de histórias de vidas, de protagonistas da sua própria história, analisando a singularidade das mulheres nos movimentos sociais de modo a contribuir para transpor as barreiras do patriarcado na atualidade. Para isso, utilizamos como metodologia de pesquisa, a revisão de literatura de obras de autores renomados sobre o cangaço e a inserção das mulheres no movimento, assim como sobre a importância do uso de biografias e das Histórias em Quadrinhos no Ensino de História. Atentamos para conhecer depoimentos de mulheres sobreviventes do Cangaço, como Sila, Adília e Dadá para análise de percepções sobre a época e construção da HQ ambientada de acordo com a linguagem do período, e observações de fotografias registradas do bando de Lampião como modelo da estética do cangaço. Para isso utilizamos a perspectiva de análise de conteúdo de Bardin (2006), através de métodos quantitativos e qualitativos para a observação crítica das entrevistas e depoimentos. Pode-se afirmar que essa pesquisa desenvolvida viabilizou a compreensão sobre a importância e desafios da inserção das mulheres no cangaço, a produção das biografias de Sila e Maria Bonita e ressignificação das suas histórias de vidas, articulada com a linguagem das Histórias em Quadrinhos facilita o processo de ensinoaprendizagem, possibilitando a aproximação entre o leitor e o assunto abordado. Configurando assim, novas percepções sobre a participação das mulheres no Cangaço, ressignificação das suas histórias de vidas que proporcionem empoderamento feminino nas alunas, e a formação de uma consciência antimachista nos alunos, que contribua para práticas efetivas de cidadania. Tendo em vista que a sociedade não será modificada se apenas as mulheres reconhecerem e lutarem por seus direitos, precisamos que se modifique a estrutura patriarcal através da conscientização dos homens, percepção das mulheres como seu igual e ser dotado de realizar as mesmas ações que o sexo masculino. Palavras Chaves: Ensino de História, Mulheres, Cangaço, Sila, Maria Bonita.
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