Banca de DEFESA: REGINA TRINDADE LOPES
13/02/2023 14:20
O propósito desta tese era o de empreender uma reflexão acerca dos dispositivos de controle que regulam os corpos na ambiência militarizada através de um relato autoetnobiográfico associado ao continuum de narrativas autobiográficas de policiais lésbicas, associando a capacidade da performatividade lésbica de descentrar a heteronormatividade compulsória que impregna a segurança pública ao normalizar a subalternidade feminina e naturalizar o modelo padrão masculino da Polícia Militar do Estado da Bahia (PMBA). A hipótese de que a negação do feminino, assim como a ofensiva às performances dissidentes à norma, faz parte do discurso de pertencimento militar que nomeia e sanciona o que e quem pode ser “aceitável” e “não aceitável” diante da reivindicação institucional de uma masculinidade pautada no ethos guerreiro e selvático. A pesquisa evidenciou a desigualdade de gênero através da colonialidade do poder e das distintas existências de policiais lésbicas narraram suas experiencias em situações de assédio, patrulhamento, isolamento e silenciamento impostas às mulheres, às lésbicas e as negras. Esta tese, ao enveredar pelas performances lésbicas, problematiza como as forças militares usam suas ferramentas para acomodá-las, arrefecê-las, premiá-las pela distinção às outras mulheres e dominar suas linguagens, imposto suas narrativas de contínuo controle dos corpos, da vida e da morte do sujeito tanto dentro quanto fora da instituição policial militar, um espelho da Segurança Pública.
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