Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: LORENA GOMES FREITAS DE CASTRO
DATA: 20/12/2022
HORA: 14:00
LOCAL: Google Meet
TÍTULO: (RE)CONSTRUÇÃO DE SENTIDOS EM RELATOS NEURODISSIDENTES DE PESSOAS AUTISTAS ADULTAS COM DIAGNÓSTICO TARDIO
PALAVRAS-CHAVES: Referenciação. Relatos autobiográficos. Autismo. Diagnóstico Tardio. Processos referenciais.
PÁGINAS: 101
GRANDE ÁREA: Lingüística, Letras e Artes
ÁREA: Lingüística
SUBÁREA: Teoria e Análise Lingüística
RESUMO:

Este trabalho propõe um deslocamento da perspectiva neurotípica tanto na compreensão, quanto na escrita acadêmica, trazendo à luz relatos autísticos após diagnóstico tardio, em prol da subjetividade neurodiversa (BENEDETTO, 2020; ORTEGA, 2008). Por intermédio do escopo teórico da Linguística Textual, abordado à luz do sociocognitivismo, na contemporaneidade, (KOCH, 2009; MARCUSCHI, 2007; CAVALCANTE, CUSTÓDIO FILHO e BRITO, 2014; CAPISTRAN JÚNIOR; LINS; ELIAS, 2017; LIMA E CASTRO, 2021), investigamos relatos de pessoas autistas na fase adulta. Estes sujeitos, mesmo com diagnóstico tardio, (re)elaboram objetos de discurso que apontam para a (re)construção referencial de pessoas atípicas a partir de um continuum antes-depois do contexto desse diagnóstico, indicando lugares de neurodissidências, nos quais o antes é visto como a ausência de diagnóstico e o depois como a experiência de acesso ao diagnóstico tardio de Transtorno do Espectro Autista. Diante desse panorama, justificamos nosso interesse, nesta pesquisa, pela necessidade de maiores conhecimentos a respeito dessa temática. Para tanto, temos como objetivo geral analisar o modo como ocorre a (re)construção de (id)entidades atípicas a partir de relatos autobiográficos de autistas adultos com diagnóstico tardio e como específicos: (1) discutir os marcadores sociais contextuais dos participantes através de dados obtidos por meio de formulário digital; 2) identificar e descrever objetos de discurso em relatos, levando em consideração a neurodiversidade e (3) analisar os relatos autobiográficos a partir do uso de expressões referenciais anafóricas (APOTHÉLOZ, 2003) e dêiticas. Para além desses objetivos, defendemos a hipótese de que, através de análise referencial dos relatos autísticos e confirmaremos traços dissidentes mediante o uso de expressões anafóricas e dêiticas no espaciotemporal. Defendemos que relatos neurodissidentes de autistas com diagnóstico tardio podem construir ferramentas discursivas de combate ao preconceito, à discriminação e, principalmente, propiciando o (re)conhecimento da neurodiversidade autística e o desenvolvimento de (id)entidades atípicas através da construção de sentidos (LACERDA, 2017; DONVAN, ZUCKER, 2017; GRANDIN, PANEK, 2021; BERNIER, DAWSON, NIGG, 2021).

MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 051.880.245-00 - GERALDA DE OLIVEIRA SANTOS LIMA
Externo ao Programa - 2159861 - RENATA FERREIRA COSTA BONIFÁCIO
Externo à Instituição - JOCELAINE OLIVEIRA DOS SANTOS
Externo à Instituição - ELZA FERREIRA SANTOS