Banca de DEFESA: CHENYA VALENÇA COUTINHO
28/11/2022 09:50
Em tempos de pandemia da COVID-19, esta pesquisa toma a fome como analisadora dos movimentos reformistas brasileiros e do próprio Estado democrático de direito em suas interseções com o campo da saúde mental. Tomando-se a Reforma Psiquiátrica (RP) como um processo civilizador, de transmutação social-subjetiva, a pesquisa convoca o sentido “forte” dos movimentos reformistas para fabular uma saúde mental coletiva. Nessa direção, por meio do método qualitativo e da pesquisa de campo, apresenta-se a experiência de sentir/viver com fome, seus efeitos visíveis e invisíveis como problema de saúde-doença. Ensaia uma política-ética da narratividade através da articulação de dados socio-econômicos extraídos da base do Ministério da Saúde, da Secretaria Municipal de Saúde de Aracaju-Sergipe e das histórias trazidas por trabalhadoras/es e usuárias/os dos serviços de saúde mental. Assim, ouvimos um ronco que sinaliza que as relações capitalistas (classistas, racializadas, generificadas) são produtoras e gestoras de sofrimento psíquico. Dessa forma, essa dissertação propõe-se a olhar no olho da fome e discutir sobre a revitalização dos modos de fazer política de de produzir saúde e subjetividade. Busca-se, então, apresentar e sugerir práticas de saúde que passem a pôr no centro da construção dos projetos terapêuticos e projetos de vida, análise das estruturas sociais que naturalizam marcadores como gênero, raça/etnia e classe, para, a partir daí, propor novos modos de acolhimento e cuidado em saúde mental.
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