Banca de QUALIFICAÇÃO: ANDRÉIA REIS FONTES
23/11/2022 09:02
O esporte de maior alcance mundial e paixão dos brasileiros, aos poucos, incorpora os preceitos capitalistas, a partir do momento em que parte da brincadeira e do amadorismo para movimentar a indústria do consumo e do espetáculo, geradora de lucros e da reprodução de desigualdades socioeconômicas. Com base nisto, o presente estudo tem como objetivo geral compreender o fenômeno futebol enquanto mercadoria (re)produzida e ampliada pelo capital sob a ótica de uma espacialização que reflete as diferenças regionais, tendo como ênfase o estado de Sergipe. A hipótese levantada parte da ideia de que o futebol, enquanto prática social de forte representação histórica, cultural e identitária, atravessa seu caráter lúdico e adentra o viés capitalista na medida em que se transforma em mercadoria e num negócio altamente vantajoso, refletido numa espacialização regional vinculada à condição econômica que tem efeito direto sobre o poder financeiro dos clubes, tendo em vista que o acesso aos principais tipos de capitais impactam na representatividade política, econômica e midiática destes. O arcabouço metodológico da pesquisa engloba o materialismo histórico-dialético, com ênfase na interpretação da realidade baseada na análise das contradições, dos movimentos e da dinâmica do universo futebolístico, considerando as inter-relações entre todos os seus aspectos. A natureza do trabalho possui um caráter qualiquantitativo e tem como procedimentos e técnicas a coleta de dados em órgãos institucionais, a aplicação de entrevistas com sujeitos e atores sociais do meio (atletas e dirigentes), interlocuções e visitas aos clubes mais bem ranqueados nas cinco regiões brasileiras, bem como aos principais times sergipanos.
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