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Banca de DEFESA: FABIOLA JUNDURIAN BOLONHA
23/11/2022 08:31


Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: FABIOLA JUNDURIAN BOLONHA
DATA: 23/11/2022
HORA: 14:00
LOCAL: https://meet.google.com/wnu-yrgv-gan
TÍTULO: DIMENSÕES DE CORPO, GÊNERO E SEXUALIDADE NA FORMAÇÃO MÉDICA: DISPUTAS E SILENCIAMENTOS NA COMPOSIÇÃO CURRICULAR DA UACV/CFP/UFCG
PALAVRAS-CHAVES: Currículo. Corpo. Formação médica. Gênero.
PÁGINAS: 150
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Educação
SUBÁREA: Tópicos Específicos de Educação
ESPECIALIDADE: Educação Permanente
RESUMO:

O presente estudo é parte do projeto de Doutorado Interinstitucional (Dinter) entre o Programa de Doutorado em Educação da Universidade Federal de Sergipe (PPGED/UFS) e a Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), Centro de Formação de Professores (CFP), campus de Cajazeiras, PB. A temática desta tese se insere nas discussões sobre formação médica, e de modo específico, sobre currículo médico e as dimensões de corpo, gênero e sexualidade. Da conexão entre esses temas o presente trabalho objetivou analisar como o corpo, gênero e sexualidade são acionadas no Projeto Político Pedagógico (PPC) do curso de medicina da Unidade Acadêmica de Ciências da Vida – UACV/CFP/UFCG (Campus de Cajazeiras). Para dar conta desta proposta de investigação, foi tomado o referencial teórico-metodológico dos estudos pós-críticos sobre currículo. O mesmo fez entender que se quisesse saber como essas dimensões são acionadas no currículo produzindo sujeitos médicos, deveria ir até os discursos que sobressaem no mesmo, uma vez que são significados como práticas permeadas por relações de poder-saber que produzem aquilo que nomeiam. Argumenta-se nesta tese, que são múltiplas as formações discursivas – das normativas e diretrizes oficiais, científicas, biológicas/biomédicas, sociais, pedagógicos – que entram em disputa na composição curricular para a abordagem de saberes sobre gênero e sexualidade que acabam silenciando corpos LGBTQIA+ na formação médica, silenciando a diversidade ou diferença. Percorrendo esse argumento, é compreendido na análise que a fabricação de médicos(as) pelo currículo da UACV/UFCG aciona estratégias e técnicas de poder articuladas, ainda centradas no modelo biomédico, garantindo, como uma instituição de poder, a manutenção das relações de dominação e efeitos de hegemonia. O trabalho consiste de 4 capítulos. O capítulo 1 é uma contextualização do tema de pesquisa com os objetivos geral e específicos, juntamente com as inspirações metodológicas. No capítulo 2 são aprofundados os conceitos centrais de abordagem e análise na forma como as perspectivas pós-críticas abordam tais conceitos, finalizando a seção com a metodologia escolhida. No capítulo 3, são evocadas algumas memórias do movimento LGBTQIA+ no Brasil e o acolhimento em políticas públicas em saúde e, encerrando o capítulo, são analisadas as políticas educacionais representadas pelas DCNs para o curso de graduação em medicina. Por fim, no capítulo 4, foram realizadas as análises discursivas no PPC do curso de medicina da UACV/UFCG e, a partir desta análise, foi constatado que a construção do PPC se deu de forma arbitrária e interessada, considerando as DCNs de 2001 que não acolhem os conceitos de corpo, sexualidade e saúde na diversidade - uma das razões pelas quais estas foram reformuladas em 2014. O que é proposto no PPC é concretizado na matriz curricular, as disciplinas estão alinhadas com as propostas de ensino em saúde, ainda que com uma forte preponderância de disciplinas com enfoques biologicista, priorizando alguns conhecimentos em relação a outros. Analisando discursos presentes nos currículos e ementas disciplinares, se torna evidente o enfoque a conteúdos de cunhos biologicistas, a naturalização de discursos sobre corpos anatômicos e fisiológicos, e de gêneros associados aos sexos masculino e feminino, bem como uma marcante preocupação com a universalização da saúde de qualidade a todos, como sendo responsabilidade dessas/es futuras/os profissionais da saúde. Corrobora-se que os currículos produzem e são produzidos a partir de uma lógica que legitima os saberes, temos assim os sujeitos profissionais médicos formados pela racionalidade neoliberal, de sujeito da saúde. É compreendido que esses sujeitos da medicina só existem a partir do outro; que o termo “identidade” não dá conta de explicar quem são elas/eles; que esses sujeitos são inventados/as, na formação de empreendedores de si, de sujeitos autônomos, responsáveis pelo seu próprio sucesso, pela sua saúde, pela sua qualidade de vida, em nome de uma liberdade maquiada e alimentada pelas instituições disciplinadoras, neste caso, os currículos. Como conclusão, os/as discentes são insistentemente convocados/as ao que o currículo prescreve para sua formação dentro de significados específicos sobre como tornar-se um/a médico/a normalizado, normalizador.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2046405 - ALFRANCIO FERREIRA DIAS
Interno - 2624229 - LIVIA DE REZENDE CARDOSO
Interno - 00.000.000/0000-00 - JOSÉ PAULO GOMES BRAZÃO
Externo à Instituição - PEDRO PAULO SOUZA RIOS
Externo à Instituição - DORGIVAL GONÇALVES FERNANDES
Externo à Instituição - ALDO GONÇALVES DE OLIVEIRA

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