Banca de QUALIFICAÇÃO: GÊNISSON LIMA DE ALMEIDA
07/11/2022 15:25
Os povos e comunidades tradicionais são grupos culturalmente diferenciados e que se reconhecem como tais, de acordo com o Decreto n. 6.040 de 7 de fevereiro de 2007. Eles desempenham suas atividades por meio do contato com a natureza, no território em que estão inseridos, pela conexão direta com as águas ao longo dos cursos fluviais, lagoas e manguezais. Tal condição favorece a realização das atividades econômicas da pesca artesanal, cultivo do arroz e a mariscagem, respectivamente. Cada atividade revela, portanto, características próprias de cada sujeito e/ou grupo social. Por sua vez, as comunidades quilombolas tem na sua identidade, cultura e saberes a base de sua existência e afirmação. A pesquisa tem como objetivo analisar as estratégias de (re)existência das comunidades quilombolas da Resina e do Saramém, em Brejo Grande/SE. A pesquisa é do tipo descritiva e a natureza é quali-quantitativa. Dentre os procedimentos metodológicos, destaca-se: levantamento bibliográfico, a partir de consultas na Biblioteca de Dados de Teses e Dissertações (BDTD) das diferentes IES da Rede PRODEMA, defendidas no intervalo temporal de 2017-2022 e nos periódicos da CAPES, através de bases de dados, dando ênfase aos artigos científicos publicados nos últimos cinco anos, levantamento documental, com base nos instrumentos legais que protegem as comunidades quilombolas e os que norteiam a política de conservação ambiental; e o levantamento cartográfico, com a confecção de mapas temáticos. Os dados primários estão sendo obtidos na pesquisa de campo, com a aplicação de entrevistas semiestruturadas, além de registros fotográficos das áreas utilizadas para obtenção dos recursos naturais, cartografia social, que consiste numa metodologia participativa que representa a (re)afirmação dos membros das comunidades quilombolas acerca do processo identitário, dos aspectos culturais e dos saberes tradicionais e visitas in loco. As informações obtidas a partir dos instrumentos de coleta de dados estão sendo transcritos manualmente e apresentados ao longo do texto, obedecendo a temática discutida em cada capítulo, assim como os mapas mentais gerados pelas comunidades quilombolas, apresentados nas oficinas de mapeamento participativo, a serem realizadas. Quanto a análise dos dados, optou-se pela técnica da análise do conteúdo, segundo Bardin (2016). Espera-se que os resultados apresentem subsídios para a construção e execução de políticas públicas que, de fato, assistam tais membros, no intuito de assegurá-los no território e, assim, desenvolver suas práticas extrativistas, além da permanência das atividades desenvolvidas, em face ao fortalecimento das dimensões social, cultural e econômica da sustentabilidade.
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