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Banca de DEFESA: ELINALDO MENEZES BRAGA
04/11/2022 08:46


Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ELINALDO MENEZES BRAGA
DATA: 24/11/2022
HORA: 14:00
LOCAL: Modalidade remota
TÍTULO: A MÚSICA DO COMEÇO DO MUNDO”: caminhos e práticas educativas experivivenciadas pelos pifeiros de São José de Piranhas – Paraíba.
PALAVRAS-CHAVES: Bandas Cabaçais; pifeiros; práticas educativas; educação popular.
PÁGINAS: 235
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Educação
SUBÁREA: Tópicos Específicos de Educação
RESUMO:

No Sertão da Paraíba, São José de Piranhas é território de Bandas Cabaçais. Na atualidade, suas bandas estão localizadas no distrito de Boa Vista, Sítio Antas II e Sítio Almão. São grupos historicamente vinculados ao catolicismo popular, com os quais, desde 2001, eu tenho experivivenciado momentos significativos para seus mestres, para mim e para a dinamização da cena cabaçal, na região e fora dela. Estar com eles tem me feito perceber o quão são afetados pela colonialidade e o quão amargam um gradativo silenciamento e epistemicídio dos seus saberes e fazeres culturais. Como consequência disso, as gerações mais jovens não têm apresentado os mesmos interesses pela música que os seus mais velhos produzem, a capela São João Batista tem fechado portas para elas, as escolas da região continuam fazendo de conta que elas não existem e políticas públicas locais para salvaguardar esse patrimônio imaterial ainda são inexistentes. Diante disso, me senti chamado para entrar em campo e armar jogadas de contra-ataque para que as Cabaçais pudessem continuar fazendo seus belos e importantes gols culturais. Livros, discos, artigos, viagens, shows, filmes, amizades e conversas foram alguns dribles utilizados no jogo. Agora, apareço com essa declaração de amor em forma de tese, objetivando compreender por quais práticas educativas os pifeiros aprendem, ensinam e aprendem mais os saberes cabaçais necessários para a existência de suas bandas diante das agressões do projeto de modernidade euro-usa-centrado, que tenta, a todo custo, homogeneizar o mundo, apagar culturas, memórias, histórias, saberes, modos outros de ser, de existir, de enxergar o mundo, de se relacionar e aprender uns com os outros, com o sagrado e com a natureza. Especificamente, pretendo identificar e sistematizar as estratégias utilizadas pelos pifeiros no processo de transmissão dos saberes constitutivos dos músicos das suas Bandas Cabaçais; verificar como os/as aprendizes de pifeiros experivivenciam a aquisição dos saberes cabaçais; percorrer os caminhos trilhados pelos pifeiros e bandas durante os seus processos de constituição musical. Os dados necessários para a escrita do texto vieram das experivivências com os mestres pifeiros, desde 2001. Experivivências essas que me possibilitaram realizar entrevistas, conversas informais, observações participativas, registros fotográficos, em vídeos e em outras escritas sobre o tema. Os dados também vieram dos acervos fotográficos pertencentes ao Núcleo de Extensão Cultural, à Coordenação de Editoração e Mídia (ambos pertencentes ao Centro de Formação de Professores da Universidade Federal de Campina Grande) e da Gota Sonora Produtora Risofônica, da cidade de João Pessoa -PB. Também recorri às produções acadêmicas disponibilizadas nos repositórios das universidades brasileiras, às mensagens de WhatsApp trocadas com pifeiros urbanos e ligações telefônicas para os mestres em questão, durante o processo de elaboração da escrevivência. Para ajudar no entendimento das práticas educativas experivivenciadas pelos pifeiros em foco, além de trabalhos acadêmicos voltados a questões relativas às Bandas Cabaçais, o suporte teórico veio de autores que vinculam os seus estudos ao pensamento decolonial e à educação como prática da liberdade. Com esta caminhada acadêmica de natureza qualitativa, foi possível compreender que as práticas educativas no contexto das Bandas Cabaçais de São José de Piranhas são experivivenciadas através da afetividade, curiosidade, observação, brincadeira, repetição, intercâmbio, transmissão oral e, sobretudo, aprendendo, ensinando, aprendendo e ensinando quando estão togando juntos. Espero que este trabalho provoque tremores e clarões em seus leitores, ampliando, consequentemente, os olhares, inclusive da escola, para os saberes e fazeres das Bandas Cabaçais.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 2046405 - ALFRANCIO FERREIRA DIAS
Externo à Instituição - JOSÉ WANDERLEY ALVES DE SOUSA
Externo à Instituição - LEYLA MENEZES DE SANTANA
Presidente - 1698052 - MARIZETE LUCINI
Interno - 1516500 - SILVANA APARECIDA BRETAS

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