Banca de QUALIFICAÇÃO: ROMEU VILLA FLOR SANTOS NETO
25/10/2022 22:28
Embora puída pelo uso indistinto, a expressão de que “a arte imita a vida” pressupõe, em a admitindo válida, nos depararmos com apropriações de linguagem interpenetradas nos mais diferentes aspectos da cultura, assim entendida como a resultante do engenho humano. De apropriações tais, salta aos olhos aquelas onde a linguagem de jaez religioso cruza, por vezes, as divisas de uma expressão aparentemente solene ou crível, típica daquilo a que o senso comum atribui como característico da “tradição religiosa”, para instalar-se nas paragens do incomum, âmbito partilhado recorrentemente pela criação artística. Dentre as multifacéticas expressões desse imaginário, é a partir daquela que hodiernamente se convencionou denominar grotesca que o presente trabalho investiga a ficcionalidade religiosa no cinema, valendo-se de “A Montanha Sagrada”, longa-metragem do cineasta chileno Alejandro Jodorowsky, como recorte. Tece uma mediação entre religião e arte embasada na teoria desenvolvida pelo Filósofo russo Mikhail Bakhtin (1895-1975) sobre a obra do escritor francês François Rabelais (1494-1553), alinhavando uma transposição da crítica literária bakhtiniana à crítica cinematográfica de A Montanha Sagrada, tendo como fio condutor o repertório simbólico em ambos.
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