Banca de QUALIFICAÇÃO: EVENNE CAROLINE PEREIRA RAMOS
24/10/2022 15:47
Uma breve análise da história da economia latino-americana nos permite notar que o desenvolvimento permanece sendo interpretado tal qual um fim em si mesmo e por esse motivo atua semelhante a “um horizonte utópico”. A partir da difusão da retórica de que os grandes empreendimentos são bons para tudo e para todos esse processo do desenvolvimento, sua lógica, ideologia e materialização afeta toda a estrutura social. No entanto, os impactos para os Povos e Comunidades Tradicionais são mais intensos e graves, visto que suas atividades produtivas – seu trabalho, por conseguinte, o modo de vida – são dependentes dos bens comuns como terra, águas, manguezais e áreas de restinga que são contaminados, devastados ou tem acesso limitado pelos empreendimentos. Dessa maneira, com intuito de contrapor esse “horizonte utópico” do desenvolvimento, identificar suas contradições e apontar os mecanismos que mascaram as desigualdades sociais provenientes desse processo, pretendemos, neste trabalho, alicerçadas no materialismo histórico dialético, aprofundar a crítica ao Desenvolvimento Econômico, bem como à sua atuação enquanto ideologia. Para tal, buscamos no presente trabalho analisar os processos contraditórios que os empreendimentos do capital e do Estado produzem para Povos e Comunidades Tradicionais do litoral sergipano, buscando identificar os impactos sobre o processo de reprodução social, os rebatimentos do uso da ideologia do Desenvolvimento, bem como as resistências tecidas no cotidiano do trabalho e da relação com a natureza que essas populações estabelecem.
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