Banca de QUALIFICAÇÃO: ANDRESSA FRAGOSO PITOMBO
22/09/2022 13:16
É notável a diversidade de intervenções direcionadas à transformação dos corpos. No entanto, tais práticas parecem fiar-se pela finalidade de conformação e assujeitamento a um determinado padrão corporal hegemônico, bem ali onde saúde articula-se com a moral capital da vida ativa. Ao mesmo tempo, cresce um ativismo a favor da despatologização, em busca da visibilidade e empoderamento do corpo gordo feminino. Percebe-se que, tanto as práticas de assujeitamento quanto as de empoderamento, possuem como centro o corpo individual, recortado da dimensão política. As práticas psi comparecem situadas entre sujeição-empoderamento-individualização. Mas, como criar para si um corpolento que faça frente a tais práticas? Como criar uma clínica que faça fissuras nesse mapa corporal? Propõe-se aqui, uma cartagrafia como dispositivo político-klínico; uma escrita corpulenta a profanar o cuidado médico-psicológico-patologizante, mutilador de corpos, bisturizador das gorduras, acelerador do tempo. Uma escrita que inscreve na carne uma outra temporalidade.
SIGAA | Superintendência de Tecnologia da Informação/UFS | Telefonista/UFS (79)3194-6600 | Copyright © 2009-2024 - UFRN v3.5.16 -r19150-8b2e1ce06f