Banca de DEFESA: DANIELLE JESUS DE CARVALHO
09/09/2022 17:04
Jatobá é um fruto que apresenta elevado teor de compostos fenólicos e vem sendo utilizado pela população para o tratamento de doenças relacionadas ao estresse oxidativo. Este trabalho objetivou obter extratos bioativos a partir da farinha da casca de jatobá fermentada (EF) e não fermentada (ENF) para posterior aplicação na conservação de carne bovina. A casca do jatobá foi triturada e esterilizada a 121ºC por 15 min. A fermentação foi realizada com temperatura de incubação de 30 ou 40ºC, umidade inicial da farinha 50 ou 80% e suspensão de esporos (concentrações entre 1,0 e 4,0 × 107/g de sólido). Os extratos foram obtidos com solução aquosa de etanol a 80% e foram avaliados quanto ao teores de fenólicos totais e flavonoides totais e atividade antioxidante pelos métodos ABTS, DPPH e FRAP. Os extratos com maior potencial bioativo foram aplicados para a conservação de carne bovina moída durante a estocagem refrigerada por 14 dias, onde foram avaliados pH, cor, oxidação lipídica, umidade, contagem de bactérias aeróbias mesófilas, bactérias psicotróficas, bolores e leveduras. O ENF demonstrou maior teor de fenólicos totais (866,65 mg EAG/100 g de farinha) e maior atividade antioxidante (pelos métodos ABTS, DPPH e FRAP, 89,86, 212,76 e 170,55 μmol Trolox/g de farinha, respectivamente). Já o extrato da farinha com umidade inicial de 80% fermentada à 30ºC por 120h demonstrou maior teor de flavonoides totais (384,83 mg QCE/100 g de farinha). Estes extratos foram aplicados na conservação da carne e obteve-se estabilidade do pH e da cor, baixa oxidação lipídica e menor crescimento de microrganismos, após 14 dias de experimentação. O extrato bioativo da farinha da casca de jatobá fermentada e não fermentada demonstrou potencial para ser utilizado como aditivo natural na conservação da carne bovina moída.
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