Banca de DEFESA: ALLEF DE SOUZA NOGUEIRA
28/07/2022 11:34
Esta pesquisa buscou compreender como as micro, pequenas e médias empresas do estado de Sergipe pesquisadas agem estrategicamente para atuar no Mercosul, considerando aspectos do ambiente. Para tanto, este trabalho utilizou-se de estudo de casos múltiplos, de natureza qualitativa, de caráter exploratório-descritivo. Os dados foram coletados por meio de entrevistas semiestruturadas, observação não-participante e documentos. Para a análise dos dados foi utilizada a técnica de análise de conteúdo. Após a análise das empresas do estudo de caso, entende-se que o Mercosul criou algumas oportunidades, no entanto, ainda se mantém pouco atrativo pela falta de bons acordos comerciais entre seus Estados Parte. Com relação à competitividade, não foi possível detectar grandes ameaças aos pequenos empreendedores, mesmo com o aumento da concorrência, também de forma virtual. Também é possível perceber que não houve formação de alianças cooperativas, visando maior poder de negociação. É possível detectar que após o início da internacionalização as empresas tiveram expansão tanto de capital quanto de produção. No entanto, ainda existem dificuldades logísticas que se tornam um empecilho para um maior crescimento. Entende-se que as políticas adotadas para acordos dependem do ambiente político em que os países se encontram, podendo ser facilitado ou criar diversos entraves para as negociações. Apesar disto, é possível perceber que houve redução em algumas barreiras, em especial para sanitárias e fiscais, com a padronização de certificações e normas técnicas. Assim, percebe-se que o Mercosul ainda está em estado incipiente, não resultando em grande relevância para as MPMEs do estado sergipano. Em suma, a questão logística do estado se torna um importante entrave para que as empresas busquem entrar no mercado internacional, no entanto, o principal problema é a falta de bons acordos comerciais firmados entre os Estados Partes ou mesmo acordos bilaterais entre os membros.
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