Banca de QUALIFICAÇÃO: DOUGLAS SANTOS NECO
20/07/2022 08:39
Em meados da década de 1940, o Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe –IHGSE, recebeu uma doação de objetos de cultura material, frutos de apreensão pela então chefatura de polícia do Estado de Sergipe. Objetos estes provenientes de comunidades afro-religiosas da cidade de Aracaju/SE. Logo após o recebimento foram integradas aos acervos e coleções do MuseuGaldino Bicho, passando por um processo de musealização. Essas materialidades desde então se encontram sob a guarda da instituição. Contudo, mesmo após corridos setenta e seis anos, pouco se sabe a respeito desses objetos. Desse modo, essa dissertação busca, através do campo investigativo, identificar, documentar e evidenciar essa coleção efetuando uma "estratigrafia de memórias". Levando em consideração os caminhos de relações discursivas entre arqueologia, patrimônio e sociedade foi possível problematizar os usos e gestão das coleções, provenientes do campo arqueológico e ou adquiridos por outras meios, estando musealizados ou não em instituições culturais, museus entre outros. Fundamentamos os questionamentos presentes nesta escrita dissertativa com base nas perspectivas que envolvem o discurso das materialidades, através das lentes da arqueologia e da museologia, compreendendo suas interdisciplinaridades,destacando a musealização da arqueologia, a restituição de bens sensíveis e a decolonialidade do pensamento enquanto norteadores do pensamento crítico. Dentro dessa perspectiva foi possível propor possibilidades de ressignificações /restituições que podem ocasionar em um processo de reparação para com as comunidades afro-religiosas historicamente subalternizada.
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