Banca de DEFESA: MATHEUS TODT ARAGAO
14/06/2022 10:25
INTRODUÇÃO:Aproximadamente 5% da população mundial apresenta genes que codificam hemoglobionopatias, sendo estimado mais de 25 milhões de pessoas acometidas por anemia falciforme em todo o mundo. Entre esses pacientes, as complicações musculoesqueléticas são uma causa frequente de morbidade, sendo as úlceras falcêmicas as mais comuns, acometendo até 10% dos portadores da forma homozigóticada da anemia falciforme. A etiopatogenia dessas úlceras é multifatorial e complexa, não estando completamente caracterizada.Diante da escassez de dados sobre as úlceras falcêmicas, propõe-se o estudo do papel da hemólise e da inflamação na patogenia dessas lesões. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo caso-controle, sendo utilizada uma amostra significatiba, aleatória simples, com paramento para idade, comorbidades e uso de medicamentos, dividida em um grupo observação (19 pacientes) e um grupo comparação (13). Foram avaliadas a presença ou antecedente de úlceras, tempo de evolução, número de recidivas, marcadores de hemólise (hemoglobina, LDH e bilirrubina) e marcadores inflamatórios (IL-1b,6,8,10 e TNF-alfa). RESULTADOS: Não foi evidenciada correlação significativa entre os marcadores de hemólise e ocorrência de úlcera, porém foi notada correlação entre hemoglobina, LDH e bilirrubina e o tempo de lesão, e entre LDH e bilirrubina e ocorrência de recidivas. Não foi observada correlação significativa entre os marcadores inflamatórios e a ocorrência de lesões, sendo evidenciada correlação apenas entre IL-6 e recidivas. CONCLUSÃO: O estudo evidencia a natureza ainda incerta das úlceras falcêmicas, propondo que hemólise e inflamação sejam apenas fatores secundários na sua etiopatogenia.
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