Banca de QUALIFICAÇÃO: HEBERTY RUAN DA CONCEIÇÃO SILVA
06/06/2022 16:25
Comunidades extrativistas no litoral metropolitano de Aracaju, compartilham um presente pós-colonial marcado por conflitos culturais, identitários e territoriais, que decorrem das múltiplas tensões ocasionadas pela pressão urbana sob os ecossistemas costeiros. Neste contexto, as práticas socioprodutivas tradicionais associadas aos ecossistemas litorâneos que auxiliam na geração de renda e reprodução socioeconômica dessas comunidades encontram-se ameaçadas. No espaço litorâneo sergipano, o extrativismo insere-se em um contexto geohistórico que evidencia a invisibilidade e subalternidade das gentes e comunidades que o praticam. Cientes dessa problemática, nos propomos analisar como os conflitos decorrentes da expansão urbana sobre os territórios extrativistas tradicionais no município de Barra dos Coqueiros, estado de Sergipe, afetam as territorialidades e a reprodução sociocultural, sobretudo das catadoras de mangaba, espécie abundante nas restingas litorâneas. Os esforços teóricos para solidificação da tese são estabelecidos nas discussões sobre o colonialismo, colonialidade, territórios, paisagens e fronteiras culturais (MIGNOLO, 2017; HAESBAERT, 2021; COSGROVE 1998; MARTINS, 2021). Para isso, nos debruçamos nos percursos metodológicos da abordagem fenomenológica evidenciando a intencionalidade, geograficidade e intersubjetividade a luz da narrativa descolonial. Selecionamos três comunidades situadas na fronteira de expropriação dos territórios e das identidades (MARQUES, 2015) para adentrarmos no campo empírico da pesquisa direcionada por procedimentos qualitativos como observação, entrevista, diário de campo, registro fotográfico e oficina de grupo focal.
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