Banca de QUALIFICAÇÃO: MARTA SILVA SANTOS
03/06/2022 07:22
A diminuição do limiar de dor após uma sessão de exercício é denominada de hipoalgesia induzida por exercício (HIE) e seu mecanismo fisiológico tem sido justificado pela liberação de β endorfina plasmática. O treinamento de estabilização do core (TC) tem sido indicado para pacientes com dor lombar crônica inespecífica (DCLI), porém não está claro se ele induz a HIE. Pacientes com DCLI tem disfunções neutoromoras ao realizarem ações funcionais, nesse sentido, utilizar o treinamento funcional (TF) poderia melhorar o controle motor e consequentemente promover a HIE, uma vez que o TF utiliza exercícios multiarticulares que tem como objetivo melhorar ações funcionais da vida diária. A HIE é usualmente avaliada pelos testes sensoriais quantitativos (TSQ), como por exemplo a modulação condicionada da dor (MCD), o limiar de dor por pressão (LDP) e a somação temporal (ST). Assim, a soma dos desfechos de testes sensório quantitativos e da β-endorfina plasmática possibilitaria entender quais os efeitos neuroendócrinos de uma sessão de TF e TC. O objetivo do presente estudo foi: 1: Comparar o efeito agudo do TC e TF sobre a HIE e liberação de β-endorfina plasmática em pacientes com DLCI. 2: Correlacionar a β-endorfina plasmática com testes sensório quantitativos em pacientes com DLCI. Os resultados mostraram que, apenas o TF aumentou significativamente a beta endorfina plasmática (TF p<0,01; TC p=0,45), o que se correlacionou com o limiar de pressão da dor e a modulação da dor condicionada. No entanto, os valores de TSQ não foram diferentes nas mulheres com DLCI após os protocolos de TC ou FT. A beta endorfina plasmática correlacionou com o LDP e MCD, contudo, o mesmo não ocorreu com a ST.
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