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Banca de DEFESA: MÁRCIA CRISTINA ROCHA PARANHOS
30/05/2022 09:03


Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MÁRCIA CRISTINA ROCHA PARANHOS
DATA: 27/06/2022
HORA: 09:00
LOCAL: Google meet
TÍTULO: Uma ciência da saúde toda sua: a produção dos discursos sobre corpo, gênero e saúde nos currículos
PALAVRAS-CHAVES: Currículo. Corpo. Saúde. Gênero. Biopolítica. Formação em Saúde.
PÁGINAS: 150
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Educação
RESUMO:

Numa perspectiva de partida, o currículo é tomado como um artefato bifurcado que expressa a multiplicidade dos saberes, integrando e articulando diferentes dimensões, que extrapola os territórios já consolidados e contribui de modo acentuado para a formação profissional e individual de cada ser. Nesse sentido, a presente tese se propõe a analisar as construções de corpo, gênero e saúde nos currículos dos cursos do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS) da Universidade Federal de Sergipe (UFS), a partir de produções discursivas permeadas por relações de saber e poder. Leva em consideração a discussão do corpo gerido pelo poder sobre a vida e atravessado pela biopolítica na medida que sofre a ação das relações entre política e economia, uma vez que ela é entendida como um dispositivo capaz de permitir que os sujeitos sejam autônomos e gerenciem suas escolhas, de modo que suas vidas sejam transformadas e produtivas. Diante disso, questiona como se estabelecem essas demandas sobre corpos, gêneros e saúde, nos cursos de formação de profissionais da saúde. Para alavancar as discussões, esta tese é alicerçada em uma perspectiva pós-estruturalista e utiliza conceitos Foucaultianos para as análises aqui realizadas, tais como: relações de saber, poder, biopolítica, governo, discursos. A pesquisa aqui apresentada está organizada em dois momentos. No primeiro, são analisadas as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN), os Projetos Pedagógicos dos Cursos (PPC) da saúde, as ementas das disciplinas e Projetos de Iniciação Científica e Extensão. No segundo momento, foi realizado a aplicação de um questionário eletrônico no Google Forms, que a priori passou por um processo de validação, no qual três avaliadoras fizeram ponderações e estas foram atendidas. A posteriori, foi realizado a aplicação piloto com um sujeito do curso de Ciências Biológicas que se colocou à disposição. Ajustados, o link do questionário foi enviado aos departamentos do CCBS para divulgação entre as/os discentes. Foram retornados 22 questionários. Quanto aos dados das análises, em um primeiro momento, é notória a preocupação em formar profissionais da saúde com um “saber generalista”, com habilidades e competências definidas pelo Estado como demandas importantes à população, as políticas de inclusão social e o Sistema Único de Saúde (SUS). O que é proposto no PPC é concretizado na matriz curricular, as disciplinas estão alinhadas com as propostas de ensino em saúde, ainda que com uma forte preponderância de disciplinas com enfoques biologicista, priorizando alguns conhecimentos em relação a outros. Os documentos oficiais são baseados numa perspectiva contemporânea de educar para a cidadania, de possibilitar uma formação neoliberal e empreendedora de si, valorizando as políticas de inclusão, formando sujeitos capazes de tornarem-se profissionais livres, autônomos, subjetivados e governáveis. Quanto às análises empreendidas nas narrativas, é notório que essas/es futuras/os profissionais da saúde, apresentam a construção de conhecimento de corpos híbridos advindos das buscas que elas/es fazem a parte das aulas convencionais, ou seja, a desterritorialização do conhecimento acadêmico biologicista é proveniente sobretudo das redes sociais. Além disso, a produção de sujeitos se configura em certas posições disponibilizadas nos documentos oficiais e currículos analisados. Demanda-se ao menos quatro posições de sujeitos: a posição de sujeito técnico, trazido pelo currículo, a posição de sujeito humanizado, sugerido pelas DCN, a posição de sujeito saudável, visto nos projetos de extensão e iniciação científica e a posição de sujeito midiático/redes sociais, aquelas/es que buscam novas construções para além do que é ensinado na formação. Assim, por mais que os currículos coloquem em ação estratégias de governo, com a priorização de saberes atrelados às relações de poder, os sujeitos em formação podem resistir a elas, produzindo suas formas de serem, de agirem e de pensarem enquanto futuras/os profissionais da saúde.
PALAVRAS-CHAVE: Currículo. Saúde. Gênero. Biopolítica. Formação em Saúde.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 2046405 - ALFRANCIO FERREIRA DIAS
Externo à Instituição - ALICE ALEXANDRE PAGAN
Externo à Instituição - GREGORY DA SILVA BALTHAZAR
Presidente - 2624229 - LIVIA DE REZENDE CARDOSO
Interno - 2465813 - MICHELE DE FREITAS FARIA DE VASCONCELOS

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