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Banca de QUALIFICAÇÃO: ELINALDO MENEZES BRAGA
04/03/2022 10:25


Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ELINALDO MENEZES BRAGA
DATA: 30/03/2022
HORA: 14:00
LOCAL: Plataforma Google Meet
TÍTULO: “A MÚSICA DO COMEÇO DO MUNDO”: caminhos e práticas educativas experivivenciadas pelos e com os pifeiros de São José de Piranhas - Paraíba.
PALAVRAS-CHAVES: Bandas Cabaçais. Pifeiros. São José de Piranhas. Práticas educativas. Educação popular.
PÁGINAS: 210
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Educação
SUBÁREA: Tópicos Específicos de Educação
RESUMO:

No Sertão da Paraíba, São José de Piranhas é território de Bandas Cabaçais. Na atualidade, suas cinco bandas remanescentes estão localizadas no distrito de Boa Vista, Sítio Antas e Sítio Almão. São grupos historicamente vinculados ao catolicismo popular e com os quais, desde 2001, eu tenho experivivenciado momentos significativos para seus Mestres, para mim e para a dinamização da cena cabaçal na região e fora dela. Estar com elas tem me feito perceber o quão são afetadas pela colonialidade e o quão seus fazedores têm amargado a possibilidade de um gradativo silenciamento e epistemicídio dos seus saberes e fazeres culturais. Na atualidade, as gerações mais jovens já não apresentam os mesmos interesses pela música que os seus mais velhos produzem, a capela São João Batista fechou as suas portas para essas Cabaçais, as escolas da região fazem de conta que elas não existem e não existem políticas públicas locais para salvaguardar esse patrimônio imaterial. Diante disso, me senti chamado para entrar em campo e armar jogadas de contra-ataque para que as Cabaçais possam continuar fazendo seus belos e importantes gols culturais. Livros, discos, artigos, viagens, shows, filmes, amizades e conversas foram algumas dessas jogadas. Agora apareço com essa declaração de amor em forma de tese, objetivando compreender por quais práticas educativas eles ensinam e aprendem os saberes cabaçais necessários para que possam continuar (re)existindo em meio as agressões do projeto de modernidade euro-usa-centrado, que tenta, a todo custo, homogeneizar o mundo, apagar culturas, memórias, histórias, saberes, modos outros de ser, de existir, de enxergar o mundo, de se relacionar e aprender uns com os outros, com o sagrado e com a natureza. Especificamente, pretendo identificar e sistematizar as estratégias utilizadas pelos pifeiros no processo de transmissão dos seus saberes cabaçais necessários à constituição dos músicos das suas Bandas Cabaçais; verificar como os/as aprendizes de pifeiros experienciam a aquisição dos saberes cabaçais; percorrer os caminhos trilhados pelos pifeiros e bandas durante os seus processos de constituição musical no município de São José de Piranhas - Paraíba. Os dados necessários para a escrita do texto vieram das experivivências com os pifeiros de São José de Piranhas -Sertão da Paraíba, que me constituem em pifeiro griô aprendiz desde 2001. Experivivências essas que possibilitaram realizar entrevistas, conversas informais, observações participativas, registros fotográficos, em vídeos e outras escritas sobre o tema. Os dados também vieram dos acervos pertencentes ao Núcleo de Extensão Cultural, à Coordenação de Editoração e Mídias (ambos pertencentes ao Centro de Formação de professores da Universidade Federal de Campina Grande) e da Gota Sonora Produtora Risofônica, da cidade de João Pessoa -PB. Também recorremos à produções acadêmicas disponibilizadas nos repositórios das universidades brasileiras, às mensagens trocadas por WhatsApp com pifeiros urbanos e ligações telefônicas para os Mestres em questão durante o processo de elaboração da escrevivência. Para ajudar no entendimento das práticas educativas experivivenciadas pelos e com os pifeiros em foco, o suporte veio de nomes como Paulo Freire, Carlos Brandão, Jorge Larrosa, Ivan Illish, Luiz Antônio Simas, Luiz Rufino, e dos Mestres Manoel Inácio, Zé Inácio, Damião Pedro, Antônio Pinto, Mirota, Chico Barbosa, Bento, Doquinha e Zé Barbosa, além dos pifeiros e pifeiras urbanos(as) de diferentes regiões do país. Com esta caminhada acadêmica, de natureza qualitativa, ancorada sobretudo no diálogo com a educação popular de base freiriana, espero provocar tremores e clarões que ampliem os olhares para os saberes e fazeres das Bandas Cabaçais de São José de Piranhas e, quem sabe, da cultura popular de forma mais genérica.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1698052 - MARIZETE LUCINI
Interno - 2046405 - ALFRANCIO FERREIRA DIAS
Externo à Instituição - LEYLA MENEZES DE SANTANA
Externo à Instituição - JOSÉ WANDERLEY ALVES DE SOUSA

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