Banca de QUALIFICAÇÃO: TALITA GUIMARÃES DE ARAÚJO PIOVEZAN
09/02/2022 11:25
A conversão da cobertura florestal para áreas agrícolas reduz a disponibilidade de habitats e os recursos alimentares e de nidificação disponíveis. Contudo, o manejo adequado dessas paisagens através da implementação de diferentes tipos de cultivo e da conservação de habitats naturais pode manter uma alta diversidade de polinizadores. O capítulo 1 desta tese tem por objetivo realizar uma revisão das tendências e lacunas nos estudos sobre padrões na diversidade de abelhas, destacando os estudos que testaram efeito da paisagem na diversidade de abelhas, e que norteará o próximo capítulo. O segundo capítulo tem como hipótese que a heterogeneidade funcional da paisagem influencia nos padrões de riqueza, abundância, diversidade funcional e filogenética de abelhas. Assim, objetivamos avaliar a contribuição do habitat florestal, da área agrícola e da variação de paisagem sobre a diversidade de abelhas. Para o estudo serão sorteadas 12 paisagens com diferentes proporções de cobertura florestal, e heterogeneidade espacial na Foresta Atlântica. As abelhas serão amostradas em dois meses nos períodos de estiagem e chuvoso, e classificadas de acordo com o tamanho do corpo, sociabilidade, especialização alimentar e hábito de nidificação. As diversidades, funcional e filogenética, serão calculadas pela Distância Funcional de Pares e Distância Média de Pares, respectivamente e os dados serão agrupados em um dendrograma funcional. Modelos Lineares Generalizados Mistos serão utilizados para testar a relação das variáveis e covariáveis preditoras com os padrões das comunidades. Será utilizado o método de partição hierárquico, para avaliar as contribuições conjuntas de cada preditor ambiental. Será feita uma seleção de modelos a partir do critério Akaike (AIC) para selecionar a escala que melhor reflete variações nos padrões de diversidade das abelhas, comparando seis escalas espaciais. Espera-se selecionar modelos que reflitam com maior acurácia a resposta dos polinizadores ao gradiente de perda de habitat e à variação na heterogeneidade funcional da paisagem
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