Banca de DEFESA: MARIA EDILAINE ROSÁRIO FERREIRA
08/02/2022 08:14
Introdução: A infecção causada pelo novo coronavírus apresenta gravidade variável,podendo evoluir desde formas assintomáticas até manifestações que levam ao óbito.Nesse sentido, em suas apresentações mais graves, a pandemia da Covid-19 já resultouem milhões de mortes em todo o mundo. Em virtude disso, os pesquisadores tentamentender quais condições contribuem para a gravidade da doença. Um dos principaisfatores de risco é a obesidade, uma doença crônica que já demonstrou contribuir para osurgimento e o agravamento de uma série de condições, incluindo doençascardiovasculares e diabetes. Objetivo: Dessa forma, o objetivo desse estudo foi realizaruma revisão sistemática com metanálise sobre a infecção pelo SARS-CoV-2 emindivíduos com obesidade. Metodologia: Realizou-se uma busca por pares nas bases dedados PubMed, Web of Science, Scopus e Embase, e na literatura cinza (GoogleAcadêmico, bioRxiv e medRxiv) entre fevereiro e abril de 2021, com filtro para ano depublicação entre 2019 e 2021, mas sem restrição quanto ao idioma ou local depublicação. Resultados: Seguindo o modelo PRISMA, foram incluídos 13 artigos,totalizando 9189 indivíduos. Verificou-se que os pacientes obesos têm maior chance deapresentar hipertensão arterial (OR = 1,41 [1,17-1,70]), diabetes mellitus (OR = 1,47[1,32-1,63]) e doença pulmonar (OR = 1,57 [1,32-1,87]), bem como de evoluir comdispneia (OR = 1,86 [1,27-2,72]) e diarreia (OR = 1,96 [1,03-3,73]) em comparaçãoàqueles sem obesidade. Além disso, níveis mais elevados de proteína C reativa, ferritinae D-dímero foram constatados dentre os obesos. Observou-se também que pacientescom obesidade infectados pelo novo coronavírus tiveram maior chance de admissão emunidade de terapia intensiva (OR = 1,52 [1,34-1,73] e de intubação (OR = 1,60 [1,37-1,86]) do que os não obesos, porém sem impacto na mortalidade (OR = 0,98 [0,75-1,28]). Conclusão: Dessa forma, esta revisão reforça o potencial de gravidade dainfecção pelo novo coronavírus entre pacientes obesos, destaca que o excesso degordura corporal não é fator preditor definitivo para mortalidade, alerta para a influênciadas comorbidades na evolução da Covid-19 e ressalta que dispneia e diarreia, assimcomo níveis aumentados de PCR, ferritina e D-dímero devem ser valorizados noDepartamento de Emergência, sobretudo em pessoas com obesidade.
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