Banca de DEFESA: GABRIELA LOSEKAN
03/02/2022 15:10
Na atualidade, ao mesmo tempo que os jovens estão cada vez mais ambientados ao manuseio de tecnologias da informação e comunicação (TICs) e, também, se beneficiam das oportunidades que surgem a partir desse contexto tecnológico, estão mais sujeitos aos impactos das mudanças econômicas e políticas em curso e que refletem, diretamente, nas suas escolhas, experiências e projeções a partir do campo laboral. Nesse contexto, a programação como trabalho vem se tornando uma profissão atrativa para jovens, seja pela promessa dos “melhores empregos” ou pela natureza tecnológica, criativa e flexível desse trabalho. Assim, essa pesquisa teve como objetivo compreender a relação geracional entre os sentidos das trajetórias, experiências e estilos de vida, imbricadas em tecnologias digitais, e do trabalho com a programação para os jovens, assim como o reflexo dessa relação na formação de suas identidades, individuais e coletivas, enquanto jovens programadores(as). Para tanto, foram entrevistados jovens, brasileiros, entre 18 e 29 anos de idade, aspirantes e profissionais da programação, e acompanhada a Conferência Python Brasil 2021, um evento organizado anualmente por voluntários da comunidade da linguagem de programação Python no Brasil. A discussão a partir do levantamento de dados mostra que embora imersos em uma nova cultura do trabalho, caracterizada a partir de um contexto de reorganização, flexibilização e precarização das relações de trabalho, esses(as) jovens programadores(as) se valem de suas próprias experiências digitais para imprimir outros sentidos a essa mesma cultura, mudando, adaptando ou aceitando determinados padrões de comportamento, o que acaba por refletir na forma como atribuem sentido à programação como trabalho, se organizam entre pares, entre outros aspectos.
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