Banca de DEFESA: CARLEANE SOARES DA SILVA
19/01/2022 10:56
A princípio, o esforço feito aqui é uma tentativa de entender o poder da ciência na sua relação com a técnica e a tecnologia no controle sobre a vida no sentido de potencializar o corpo enquanto organismo para além de suas capacidades naturais. Sendo assim, esta pesquisa tem como objetivo principal analisar como os alunos do curso de medicina do Campus Universitário Professor Antônio Garcia Filho, estão sendo preparados durante a sua formação para lidar com temas como a morte e uso da tecnologia para o seu adiamento. Para a coleta de dados, foi realizada uma análise documental e aplicou-se posteriormente as entrevistas de forma presencial e online aos alunos, ex-alunos e professores envolvidos. Os dados foram interpretados por meio da técnica de análise de conteúdo proposta por Bardin. A coleta dos dados trouxe características relevantes sobre a percepção dos participantes da pesquisa com relação a temática. A partir da análise, verificou-se três eixos principais: “A formação”, “a implementação tecnológica” e “a morte nos seus aspectos subjetivos”. Esses eixos de forma geral se encarregaram de dar conta dos objetivos propostos. Com o primeiro eixo, concluímos que as metodologias ativas adotadas pelo Campus formam um aluno autônomo, que estuda continuadamente, criativo nas novas propostas de resolução de problemas, sujeito crítico e responsável pelo seu processo de aprendizagem. Com o segundo eixo, percebemos o quanto discutir a utilização da tecnologia para o adiamento da morte gerou reflexões profundas com relação ao modo particular de cada um lidar com o tema, ao tempo que gerou também importantes debates com o campo da bioética, do direito e da religião. Com o terceiro e último eixo, compreendemos que as verdades científicas e religiosas, possuem sua autoridade em advogar sobre os corpos, a vida e a morte dos indivíduos. Enquanto pesquisadores do campo da Educação entendemos que é preciso problematizar os modos como esses discursos são responsáveis pela produção de sentido sobre os corpos, nesse caso, o corpo médico. Destacamos ainda a necessidade de questionar esses discursos produzidos como “verdades” e que legitimam seu lugar de autoridade sobre vida e morte.
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