Banca de DEFESA: DÉBORA ALMEIDA SILVEIRA SOBRAL
06/12/2021 08:52
INTRODUÇÃO: Diabetes Mellitus (DM) é uma doença crônica e complexa, associada à deficiência da produção ou da ação da insulina. Quando não é realizado o acompanhamento ou controle do DM, surgem complicações como a Retinopatia Diabética (RD). Medidas de autocuidado ajudam a controlar a hiperglicemia, previnem o surgimento de complicações e reduzem significativamente o início e progressão da RD. OBJETIVO: Desenvolver um aplicativo mobile (DiaVision) acessível como ferramenta educacional em saúde para pacientes diabéticos com acuidade visual prejudicada. MÉTODO: Estudo metodológico, exploratório e descritivo, de natureza aplicada. As primeiras etapas do estudo foram desenvolvidas no Hospital Universitário da Universidade Federal de Sergipe (HU-UFS) e, com a pandemia, o estudo foi desenvolvido em home office. A última etapa sobre a avaliação da usabilidade do aplicativo foi realizada em três ambulatórios referências no atendimento de pacientes com diabetes. Os participantes do estudo foram pacientes com diabetes selecionados para a etapa de testes da versão beta do DiaVision de forma aleatória e não probabilística. Estes conheceram o aplicativo, testaram e avaliaram a usabilidade do mesmo. Utilizou-se os Testes de Mann-Whitney e Kruskal-Wallis para avaliar a hipótese de igualdade de medianas. O nível de significância adotado em todo o estudo foi de 5% e o software utilizado foi o R Core Team 2021. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa. RESULTADOS: O aplicativo mobile foi desenvolvido para smartphones com sistema operacional Android e iOS, desenvolvido em quatro etapas. A primeira etapa compreendeu a análise dos dados, elaboração do Documento de Visão, do mapeamento dos requisitos e do diagrama de usercase. A segunda etapa foi sobre a definição da forma de interface entre usuário do sistema e o código fonte para proporcionar acessibilidade ao usuário com deficiência visual. O DiaVision possui a tela de login, a tela principal e opção de configuração do perfil do usuário e disponibiliza funcionalidades sobre alimentação, aplicativos de visão, atividade física, autocuidado, centros de saúde, glicemia, medicações, pé e rins. A terceira etapa se referiu à implementação com a entrada de dados, arquitetura, detalhes procedimentais, tradução para linguagem de programação, estruturação das funcionalidades e testes internos da aplicabilidade do protótipo. A quarta etapa foi sobre a usabilidade do aplicativo com 77 pacientes atendidos em diferentes ambulatórios, cuja avaliação demonstrou elevado índice de aceitação. Houve impacto do grau de deficiência visual e da idade no nível de aceitação do aplicativo por parte dos usuários. CONCLUSÃO: O aplicativo para dispositivos móveis DiaVision foi desenvolvido a partir das etapas de análise, design/desenvolvimento, implementação e avaliação da usabilidade, na qual obteve um alto índice de aceitação dos pacientes com diabetes. Como se trata da versão inicial do aplicativo, sugere-se estudos futuros sobre avaliação da usabilidade do mesmo, inclusive por tempo mais prolongado, visando o acréscimo de melhorias e de novas funcionalidades.
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