Banca de DEFESA: ANDREIA FERREIRA DE ARAGAO RABELO
23/11/2021 14:44
Introdução: A obesidade em nosso país é uma doença de proporções epidêmicas, com repercussões nas comorbidades e na expectativa de vida dos indivíduos. A Organização Mundial de Saúde a classifica em grau I, grau II e III (obesidades graves). Quanto aos critérios elegíveis para cirurgia bariátrica utiliza-se, de acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica são : idade de 16 a 65 anos, índice de massa corpórea igual ou maior que 35 kg/m2, comorbidades ou igual ou maior que 40 kg/m2, com ou sem comorbidades. A linha de cuidado e atenção a esse paciente em Sergipe não está efetivada, precisando ser organizada em um modelo de assistência e cuidado pelas redes locais de atenção. Objetivo: Descrever a criação do Modelo de Assistência e Cuidado ao Paciente Obeso grave candidato à Cirurgia Bariátrica nas Redes de Atenção Secundária e Terciária do Estado de Sergipe. Metodologia: O método utilizado para construção do modelo proposto foi a pesquisa- ação, com a análise observacional da rotina das equipes do programa de atendimento ao obeso grave nas redes de atenção secundária e terciária do Estado. A análise da realidade foi utilizada para descrever o fluxo do paciente entre as unidades de atenção e para implementação do protocolo utilizado pelo Hospital Universitário de Sergipe, os quais se constituíram em elementos importantes nesta elaboração, visando a melhoria da qualidade da prestação do serviço de saúde voltado a este público. Resultados: O diagnóstico situacional evidenciou um fluxo incorreto de obesos graves diretamente da atenção primária para a atenção secundária especializada, em um percentual de 61,7% dos pacientes, enquanto apenas 11,76% vinham da unidade secundária CEMAR. A subutilização das consultas ofertadas no HU/UFS para esse público e o tratamento prévio não condizente com o preconizado pelo Ministério da Saúde também foram evidenciados. Os encontros com os profissionais da assistência ao obeso grave e com a gestão das unidades analisadas, mostraram a necessidade de organização da atenção secundária e terciária em rede, redesenhando fluxos de referência e contrarreferência a serem seguidos, o que foi determinante para a criação do modelo de assistência. A implementação do Protocolo de atendimento das unidades secundária e terciária do HU/UFS foi encaminhado à unidade secundária do CEMAR, com a incorporação desse instrumento como base para a criação de protocolo próprio. Conclusão: O modelo de assistência e cuidado proposto definiu novo fluxo a ser percorrido pelo obeso grave nas redes de atenção secundária e terciária em nosso Estado, com vistas a fluidez da trajetória do paciente nos serviços, através principalmente da referência e contrarreferência dos pacientes, considerados pontos essenciais a serem trabalhados.
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