Banca de DEFESA: FABÍOLA ANDRÉA ANDRADE DOS SANTOS
18/11/2021 15:51
Introdução:A microcefalia apresentou um aumento considerável desde
novembro de 2015, sendo o Nordeste brasileiro detentor de mais de 80,0%
dos casos. As sequelas da microcefalia são variáveis de acordo com a
gravidade da lesão, no entanto, poucos são os relatos das alterações
fonoaudiológicas. Objetivo: Descrever a evolução da função
estomatognática de crianças com microcefalia decorrentes da Síndrome
Congênita do Zika e correlacionar com o desenvolvimento neuropsicomotor
evolutivo. Método e Casuística: Quarenta e três crianças com microcefalia
com idade entre 0 e 4 anos, de ambos os sexos, foram avaliadas no
ambulatório de microcefalia do Hospital Universitário de Sergipe. Foram
analisados aspectos do estado de consciência, das estruturas e funções do
sistema estomatognático, divididos em três períodos evolutivos das crianças.
A primeira avaliação foi realizada em toda amostra entre 0 e 6 meses de
vida, a segunda contemplou 22 crianças, com idade entre 6 meses e 1 dia a
36 meses, e a terceira avaliação foi constituída por 24 crianças com idade de
36 meses e 1 dia a 48 meses. Para a análise, os resultados foram
apresentados em distribuição percentual simples e absoluta. Resultados: O
desempenho das crianças na primeira avaliação (PA) foram melhores em
decorrência das respostas reflexas. Ao longo das avaliações foi observado
piora da postura e tonicidade de lábios e língua, bem como o aumento da
sialorreia. Sinais de disfagia foram encontrados principalmente nas segunda
e terceira avaliações. Conclusão: Foi possível concluir que as funções
estomatognáticas estiveram severamente comprometidas, o que permite
inferir que o sistema estomatognático está fortemente vinculado com o
desenvolvimento neuropsicomotor.
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