Banca de QUALIFICAÇÃO: BARBARA SANTANA RIBEIRO
17/11/2021 18:59
O racismo, como um fenômeno estrutural, atravessa as relações humanas em diferentes ambientes e fases da vida, orientando sentimentos, crenças e comportamentos negativos em relação a alguns grupos e positivos em relação a outros, num processo de hierarquização e exclusão. Desse modo, em sociedades racistas, os indivíduos se envolvem em um tipo de socialização, a qual a literatura nomeia como socialização étnico-racial, que diz respeito comunicação de crenças, concepções e modos de entender o que são os grupos raciais, por meio de mensagens verbais e não verbais, explícitas e implícitas. Diferentes categorias de socialização são identificadas, as quais têm diversas motivações e implicações, atuando sobre as posturas que sujeitos socializados adotam em relação ao racismo, sendo engajados na luta antirracista ou silenciando em relação às questões étnico-raciais. Dentre as categorias de socialização, encontra-se o “silêncio”, que é entendido como a prática de evitar qualquer menção à raça nas discussões com as crianças e jovens. Nesse sentido, o presente trabalho propõe analisar a socialização étnico-racial em jovens universitários e sua relação com posturas de silenciamento ou engajamento em ações antirracistas. Para isso, serão realizados três estudos: (1) Adaptação e validação da Escala de Ação Anti-Racismo (Anti-Racism Action Scale - ARAS) ao contexto brasileiro; (2) Caracterização e análise da socialização étnico-racial dos jovens universitários; (3) Investigar os fatores que se relacionam com posturas de engajamento em ações antirracistas e de silêncio sobre raça e racismo.
SIGAA | Superintendência de Tecnologia da Informação/UFS | Telefonista/UFS (79)3194-6600 | Copyright © 2009-2024 - UFRN v3.5.16 -r19150-8b2e1ce06f