Banca de QUALIFICAÇÃO: ISRAEL JAIRO SANTOS
17/11/2021 18:27
A escolha por uma profissão é uma tarefa árdua para os jovens de modo geral. Entretanto, para os jovens negros a dificuldade é aumentada pelos os estereótipos ocupacionais de seu grupo. Ao passo que estes estereótipos explicam e justificam as desigualdades ocupacionais impostas a população negra e naturalizam as diferenças entre brancos e negros. De modo que a ameaça dos estereótipos (AE) torna-se uma variável que deprime as escolhas profissionais deles. Pois, o medo de confirmar como característica própria um atributo do grupo ao qual pertence faz com que o sujeito apresente um resultado diminuído (Steele e Aronson, 1995). Desse modo, objetiva-se avaliar se a escolha profissional dos jovens negros por profissões de alto ou baixo status sofre interferência da ameaça dos estereótipos, bem como investigar a percepção essencializada das ocupações profissionais dos negros. Sendo assim, para a consecução do objetivo citado, estruturou-se 4 capítulos. O primeiro estudo realizou-se uma revisão sistemática da literatura sobre os estereótipos. No segundo estudo foi realizado uma revisão integrativa da literatura a respeito da AE e a escolha profissional. No terceiro, objetiva-se avaliar a percepção essencialista e infra-humanizada das ocupações profissionais dos negros. E no quarto estudo objetiva-se avaliar a interferência da AE na escolha profissional dos jovens negros e brancos em função do status social das profissões, seguindo o modelo empregado no experimento de Steele e Aronson (1995). Os resultados dos dois primeiros estudos apontam efeitos positivos para a interferência dos estereótipos em processo de escolha profissional e sinalizam a pouca incidência de estudos sobre estes aspectos voltados para o entendimento das desigualdades ocupacionais entre negros e brancos. E conclui-se a partir dos achados parciais que a AE se constitua num fator que interfere nos processos de escolhas, e este efeito seja estendido para os jovens negros, sobretudo pela forma infra-humanizada pela qual as ocupações profissionais são percebidas e associadas aos negros.
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