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Banca de QUALIFICAÇÃO: ERIKSON BRUNO MERCENAS SANTOS
16/11/2021 08:29


Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ERIKSON BRUNO MERCENAS SANTOS
DATA: 10/12/2021
HORA: 14:00
LOCAL: meet.google.com/hxc-fvgv-ces
TÍTULO: Nós falaremos por nós: uma encruzilhada autoetnográfica sobre a construção da identidade negra a partir das comunidades tradicionais de terreiro
PALAVRAS-CHAVES: comunidades tradicionais de terreiro, decolonialidade, escrevivências, epistemologias de terreiro, identidade negra.
PÁGINAS: 60
GRANDE ÁREA: Lingüística, Letras e Artes
ÁREA: Lingüística
SUBÁREA: Lingüística Aplicada
RESUMO:

A presente pesquisa, em andamento, tem como objetivo identificar através das escrevivências as possíveis contribuições das Comunidades Tradicionais de Terreiro (CTTro) na construção da identidade negra contra hegemônica a partir de uma pesquisa de cunho autoetnográfico. As escrevivências são experiências negras que partem da coletividade como instrumento que registra uma nova consciência e um novo marco civilizatório, repensando a história sob uma ótica historicamente marginalizada pela colonização. Fala-se do local vivido e das encruzilhadas percorridas (EVARISTO, 2008). É importante salientar que, a escrita é o lugar para as denúncias e produções do não-dito descartadas pela ciência hegemônica (ANZALDÚA, 2000). As escrevivências referentes às CTTro, demandam uma metodologia fora das orientações elaboradas nas colonialidades, nos convidam a descolonizar as formas engessadas de métodos acadêmicos. É importante destacar que este trabalho situa-se na área da Linguística Aplicada Inter/Transdisciplinar, que tem como pressupostos uma transgressividade crítica focalizada em práticas e contextos sociais e suas problemáticas, viabilizando uma reconfiguração do pensamento e status quo de um novo mundo através de olhares não ocidentalizados (PENNYCOOK, 2006), tendo o anseio em dialogar com as dores coloniais, com o engessamento da identidade, afirmando ao mundo que vivemos em novos tempos, com práticas diversas e não homogêneas, e que a complexidade desperta um novo olhar (MOITA LOPES, 2009). Essa pesquisa também parte das possibilidades de uma Linguística Crítica Pós-Colonial (MUNIZ, 2016), com a qual é possível compreender a sociedade na qual estamos inseridos, sendo imprescindível se ater a relação entre identidade, língua e racialidade, na medida que esses três conceitos estão inseridos no contexto histórico e estrutural do projeto político da colonização, deste modo, sendo necessário aliar essa discussão a uma visão crítica e política. Pensar a identidade negra inserida nas CTTro a partir do lugar de etnógrafo possibilita desenvolver tecnologias contra coloniais para encarar a história de forma construtiva, emitindo e problematizando mensagens, referenciando epistemologias de terreiro e as vozes inseridas a marginalização para contrapor o que está posto pela colonização, saindo da perseguição à cura através da encruzilhada de Exu, numa ética preta e transgressora (RUFINO, 2019; NOGUEIRA, 2020). A metodologia de cunho autoetnográfico nesta dissertação, viabiliza, a partir das comunidades de terreiro, ocupar o lugar daqueles que tem o que falar e apresentar, se distanciando das impressões do homem branco, portanto, se torna uma forma de denunciar uma história invisibilizada em uma ciência imperialista. A meu ver, as vivências de terreiro convocam a tomadas de consciência do ser negro em sua sociedade mascarada pela democracia racial, meritocracia e pelo estado laico de direito. O terreiro não se limita ao espaço físico, a sua dimensão é filosófica, linguística e cultural (SODRÉ, 2002).


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1308591 - JOCENILSON RIBEIRO DOS SANTOS
Externo à Instituição - SIDNEI BARRETO NOGUEIRA
Externo à Instituição - KASSANDRA DA SILVA MUNIZ

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