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Banca de QUALIFICAÇÃO: DANILLO DA CONCEIÇÃO PEREIRA SILVA
08/11/2021 18:00


Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: DANILLO DA CONCEIÇÃO PEREIRA SILVA
DATA: 03/12/2021
HORA: 15:00
LOCAL: Online
TÍTULO: “UM NOVO TEMPO NASCE NESSA NAÇÃO”: REGISTROS DISCURSIVOS ANTIGÊNERO NA POLÍTICA DO MINISTÉRIO DA MULHER, DA FAMÍLIA E DOS DIREITOS HUMANOS
PALAVRAS-CHAVES: Ofensiva antigênero; neoconservadorismo; direitos humanos; discurso político; registros discursivos.
PÁGINAS: 131
GRANDE ÁREA: Lingüística, Letras e Artes
ÁREA: Lingüística
SUBÁREA: Lingüística Aplicada
RESUMO:

Ao menos desde a última década, democracias liberais ao redor do mundo têm experimentado uma intensa reação neoconservadora a marcos institucionais, jurídicos e legislativos no âmbito da igualdade de gênero, da diversidade sexual e dos direitos sexuais e reprodutivos (PATERNOTTE; KUAR, 2017; CORREA, 2008, 2018). Tal fenômeno indicia processos de erosão democrática mais amplos, atrelados à radicalização do neoliberalismo como racionalidade econômica e modo de subjetivação (BROWN, 2019; COOPER, 2017). No Brasil, a ascensão da extrema-direita ao poder político, após as eleições presidenciais de 2018, significou uma intensificação da ofensiva antigênero (CORREA; KALIL, 2020). Diante desse cenário, esta tese tem como objetivo investigar o reenquadramento de sentidos sobre gênero e sexualidade na gramática de Direitos Humanos do Estado brasileiro, a partir da criação e atuação do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. Com base em uma “análise de discurso entre eventos” (AGHA, 2003; WORTHAM; REYES, 2014), são investigadas as ações semióticas performadas entre diferentes eventos políticos ligados ao Ministério, por meio de dados gerados a partir da observação analítica de sua produção documental, de situações de comunicação oficial e de mídias digitais, entre janeiro de 2019 e julho de 2021. Nesse sentido, dois movimentos interpretativos foram fundamentais. O primeiro deles consiste em produzir uma leitura genealógica (FOUCAULT, 1976) dos repertórios discursivos de dinâmicas seculares e religiosas atreladas à emergência da ofensiva antigênero, tanto nacionais quanto internacionais. O segundo está centrado em analisar como processos de linguagem implicados na constituição de sentidos e de moralidades públicas sobre gênero e sexualidade atuam nas práticas discursivas do Ministério. O atual estágio da pesquisa permite argumentar que parte considerável dos processos engajados na transformação de políticas antigênero em políticas de Estado no Brasil está centrada nos efeitos performativos de operações de linguagem específicas (AUSTIN, 1962; BUTLER, 1993, 1997). Elas dizem respeito à incorporação de registros discursivos (AGHA, 2007; GAL, 2018, 2019, 2021) antigênero à atuação do Ministério. Ou seja, à implementação de repertórios de signos convencionalizados nas trajetórias de resistência às transformações nas ordens tradicionais de gênero e sexualidade à gramática política do Estado. Mais do que suprimir ou censurar a linguagem de direitos humanos, o que está em curso é a efetivação de uma leitura purificadora sobre esses direitos, expurgando toda forma de contaminação com a justiça de gênero, sexual e reprodutiva. Assim, o que se quer é pôr em crise semântica, pragmática e política os lastros de sentido sobre os quais políticas públicas de direitos humanos foram paulatinamente construídas no Brasil, especialmente aquelas forjados nas lutas históricas pela democracia encampadas por movimentos sociais feministas e LGBT.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1324031 - VANDERLEI JOSE ZACCHI
Interno - 1654781 - DORIS CRISTINA VICENTE DA SILVA MATOS
Externo à Instituição - RODRIGO BORBA
Externo à Instituição - DANIEL DO NASCIMENTO E SILVA

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