Banca de QUALIFICAÇÃO: MONIZE BARROS LIMA COSTA
10/09/2021 13:41
No ensino de matemática, tradicionalmente costuma-se privilegiar a memorização e a repetição em detrimento da compreensão. O aluno tende, assim, a se acostumar com a transmissão verbal do conteúdo, cópia, treino e repetição das atividades, de modo que, a sua curiosidade, desvalorizada, começa a desaparecer. A pesquisa em argumentação no ensino de matemática tem o potencial de contribuir significativamente para superar tal situação. Essa prática discursiva possibilita aos alunos a aquisição de mais autonomia para expor seus pontos de vista e o desenvolvimento do pensamento crítico. Por outro lado, os professores terão melhor acesso às suas ideias, facilitando-se assim o processo de mediação. Por meio dos argumentos acerca da resolução empregada nos problemas matemáticos, os alunos expressam seus raciocínios. A utilização da argumentação em sala de aula configura, deste modo, um ensino de matemática que contribui para a formação pessoal e social dos alunos. Neste contexto, nosso objetivo com o presente estudo é analisar os argumentos elaborados por alunos na resolução de problemas envolvendo Expressões Aritméticas, verificando as suas características estruturais e de conteúdo. Trata-se de uma pesquisa de cunho qualitativo, cuja natureza corresponde a um estudo de caso. A coleta de dados, em um estudo piloto, envolveu a aplicação de questões contextualizadas a alunos do 7º ano de uma escola pública do interior do estado da Bahia, em dois encontros virtuais. Os encontros ocorreram por meio da plataforma Google meet e os alunos tiveram acesso às questões através do link disponibilizado na plataforma, o qual conduzia ao Google forms. Os argumentos dos alunos expressos em suas respostas escritas e nos debates desenvolvidos após a resolução de cada questão encontram-se em análise. Neste processo, buscamos classificar os argumentos a partir dos tipos de prova propostos por Balacheff (1988) e das categorias de Sales (2011). Adotamos também o modelo de Toulmin (2006), procurando identificar os elementos constituintes dos argumentos construídos. Os resultados parciais produzidos indicam a habilidade da maioria dos alunos com as operações matemáticas requeridas nas questões e a compreensão do contexto de cada uma delas, mas dificuldades em expressar tais questões por meio de expressões, apesar de aplicar regras matemáticas adequadamente para resolvê-las quando descontextualizadas.
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