Banca de DEFESA: MAYSA CRUZ DE ARAUJO
27/08/2021 15:23
Este projeto se monta com o objetivo de problematizar o bullying como dado auto evidente, deslocando-o da ideia de generalização e fechamento em si mesmo, para a constituição deste como um dispositivo de subjetivação. Ao falarmos de dispositivo tratar-se-á de analisar um regime de práticas, estas vistas como lugares de conexões entre o que se diz e o que se faz, das imposições condicionadas às regras impostas, e do que é racional sobre projetos e evidências. Análises que mostram programações de conduta que funcionam como prescrições, que são atravessadas por várias instituições (escolares, medicas, jurídicas) e ditam o que se deve fazer, instaurando descrições sobre o que saber e como saber. Foi feito um atravessamento do tema com as memorias escolares do corpo cotidiano de quem aqui escreve, com o intuito de possibilitar a identificação de processos de subjetivação individualizantes que têm a potência de delimitar como e quais corpos devem ocupar determinados espaços e de que modo. Para tanto foi realizado um caminho que apresentou o bullying através de discursos científicos e midiáticos, traçando discussões entre dispositivo e processos de subjetivação, abordando as memórias em uma perspectiva de seus sentidos múltiplos e analisando a escola como espaço fecundo para a formação de indivíduos. Como dito, estes caminhos não tiveram o objetivo de fechar o Bullying em uma confirmação, mas o aproximou de uma carta ao futuro que em fluxo acessa o passado, problematiza o presente e se põe disponível para as possíveis discussões que surjam a partir daqui.
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