Banca de DEFESA: SERGIO NOLASCO DOS SANTOS
12/08/2021 15:47
O câncer do colo do útero é o quarto mais frequente que afeta mundialmente as mulheres. No Brasil, é o terceiro mais frequente na população feminina, sendo que o HPV é responsável aproximadamente por 95% dos canceres do colo do útero. Atualmente, 13 tipos de HPV são considerados de alto risco e os HPVs 16 e 18 sendo os mais prevalentes em lesões cervicais. Evidências sugerem que variantes intratipo e co-infecção com o mesmo genótipo de HPV, mas com variantes diferentes podem interferir biologicamente e etiologicamente no desenvolvimento do câncer do colo do útero. Também alguns estudos relatam os riscos diferentes para algumas linhagens e sublinhagens na progressão e persistência do câncer cervical. Neste contexto, o objetivo deste estudo foi utilizar uma tecnologia de sequenciamento de nova geração para detectar HPV e caracterizar sua variabilidade genômica em amostra de mulheres com lesões cervicais da região nordeste do Brasil. Esfregaços cervicais foram coletados do colo do útero e submetidos a extração do DNA e, posteriormente, foram realizadas a nested PCR para detecção do HPV. As amostras foram sequenciadas por NGS pela plataforma Illumina MiSeq para determinar as variantes, linhagens e sublinhagens. Das 192 pacientes que participaram do estudo, a maioria tinham entre 18 a 60 anos, possuíam escolaridade até o ensino fundamental e eram casadas ou união estável. O HPV estava presente em 32 amostras e o tipo mais prevalente foi o HPV18. Um total de 25 amostras positivas para HPV foram sequenciadas por NGS, obtendo-se o genoma de diferentes tipos de HPV, principalmente de HPV18. As análises mostraram a presença de linhagens de HPV18 que estão associadas a um maior risco de desenvolvimento de lesões de alto grau, informação importante para auxiliar as medidas de controle contra o câncer cervical.
SIGAA | Superintendência de Tecnologia da Informação/UFS | Telefonista/UFS (79)3194-6600 | Copyright © 2009-2024 - UFRN v3.5.16 -r19150-8b2e1ce06f