Banca de DEFESA: GERLIS DE SOUZA BRITO
11/08/2021 14:08
As mudanças sociais, culturais, tecnológicas, e sobretudo na forma de relacionamentos de trabalho, tem fomentado a construção de novos modos de exercer atividades laborais e criado uma interação dinâmica que surge em forma de redes de cooperação. O significado de trabalhar em redes de conexão traduz a ideia de pessoas se conectando com pessoas, interligando recursos e habilidades para colaborarem em objetivos comuns e obterem por meio da colaboração em rede, resultados satisfatórios para todos. O setor de beleza se integra por meio de conexões em rede de relacionamentos e se traduz em um empreendedorismo que se mostra dinâmico e de escala abrangente, pois permeia todos os estratos sociais. Os empreendedores deste setor associados a um sindicato de classe, buscam o respaldo institucional que permite-lhes desenvolver suas atividades dentro de um ambiente de integração que é proporcionado por uma rede de cooperação. Ao combinar empreendedorismo, associativismo e redes de cooperação, estes empreendedores podem alcançar desempenho econômico e aumento de relações sociais que antes eram limitados ou inexistiam pela falta de recursos estratégicos adequados para associar estes elementos. Com o propósito de contribuir com os estudos na área de redes de cooperação, esta pesquisa objetiva analisar como se comportam as relações sociais e econômicas de organizações de empreendedores do setor de beleza vinculados ao SINDICAB - Sindicato dos Cabeleireiros e Similares Autônomos do Estado de Sergipe, conectados em uma rede de cooperação. A metodologia utilizada neste estudo possui natureza qualitativa e é do tipo exploratória e descritiva. Os dados foram coletados das unidades de análise pertencentes às classes de empreendedores vinculados ao SINDICAB, por intermédio de entrevista semiestruturada e dados secundários coletados em documentos do sindicato, mídias, sites, revistas e redes sociais disponíveis para pesquisa. Para análise criteriosa do material coletado, utilizou-se a técnica de análise de conteúdo com três fases já estabelecidas: pré-análise; a exploração do material; e o tratamento dos resultados, a inferência e a interpretação (BARDIN, 2011). Os dados foram tratados observando-se a classificação definida pelas categorias de análise. As categorias de elementos de análise são: as características dos perfis do empreendedor e da organização; os relacionamentos de cooperação entre os empreendedores vinculados ao sindicato; as relações sociais presentes nas ações conjuntas entre os empreendedores vinculados ao sindicato; a ocorrência dos fatores competitivos indicados na teoria de redes. Como resultados conclusivos pode-se afirmar que os benefícios individuais e coletivos construídos no interior da rede de cooperação sindical, são baseados sobretudo nas relações sociais desenvolvidas e na possibilidade que os seus membros adquirem de manterem-se atualizados nos saberes e práticas que são fundamentais para o exercício das suas profissões e gestão dos seus negócios. A eficiência organizacional da rede pôde ser comprovada pelos ganhos competitivos auferidos por seus participantes em suas ações individuais e conjuntas.
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