Banca de DEFESA: JOÃO MÁRIO FERREIRA PINTO
11/08/2021 11:44
As transformações pelas quais passa o mundo do trabalho, derivadas sobretudo dos avanços tecnológicos e das inovações produtivas dadas no seio da concorrência mercantil, se expressam também através da música – geralmente concebida como um domínio da cultura e apartado da esfera econômica – e de seus produtores. Com o advento de interfaces de áudio e das inovações no campo das comunicações, os músicos começaram a estabelecer uma relação direta tanto com a produção de fonogramas quanto com a produção de suas próprias imagens públicas – papéis produtivos anteriormente hegemonizados pelas grandes empresas da indústria fonográfica. Porém, esse contexto foi acompanhado paralelamente pela desvalorização crítica dos fonogramas – que até então se apoiavam em formas tangíveis como CDs e vinis – e a produção deles, apesar de ter sido massificada, não repercute diretamente em vendas que possam ser revertidas em renda para os músicos. Essas variáveis provocam algumas perguntas. Elenco, nesse sentido, duas: 1) como se atribui sentido à produção de fonogramas por parte dos músicos num contexto no qual a venda de discos se tornou inviável enquanto fonte de renda? 2) como a imagem pública dos músicos, idealizada sobretudo na figura do artista, poderia se converter em uma nova mercadoria da indústria da música? Como, por fim, essas questões afetam as relações sociais do músico?
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