Banca de DEFESA: FREDERICO LIMA TELES
04/08/2021 12:15
As comunidades insulares e ribeirinhas despertam a curiosidade das pessoas e atraem pesquisadores há muito tempo. O modo de vida de quem na maioria das vezes depende da aventura de enfrentar mares e rios para garantir o sustento familiar e o peculiar cotidiano dos moradores de povoados distantes, algumas vezes vilarejos isolados, chamam a atenção especialmente pelas suas singularidades. Estas são territorialidades construídas ao longo de muito tempo de convívio entre eles, ficando mais evidente quando tratamos de comunidades insulares, pois o isolamento geográfico destes povoamentos aparentemente fomenta o sentimento de comunhão entre os nativos. A presente pesquisa tem como objetivo analisar o impacto direto causado aos moradores da antiga comunidade da ilha do Cabeço, que ficava localizada por mais de um século no lado direito da foz do rio São Francisco (município de Brejo Grande- Sergipe) e que, após o recuo de sua vazão, resultou no avanço das águas costeiras oceânicas, provocando a inundação de todo o espaço físico da ilha, tendo como consequência a ação de mobilidade coletiva dos moradores daquela região. A partir da observação participante, etnografia e captação das oralidades, este trabalho busca especialmente compreender as narrativas dos antigos moradores através dos inúmeros relatos captados em entrevistas, de uma comunidade que foi abalada por uma intempérie e que até hoje é atingida pelos desdobramentos desta, atraindo a atenção de exploradores e curiosos do mundo inteiro.
SIGAA | Superintendência de Tecnologia da Informação/UFS | Telefonista/UFS (79)3194-6600 | Copyright © 2009-2024 - UFRN v3.5.16 -r19150-8b2e1ce06f