Banca de QUALIFICAÇÃO: MARIA EDIVANIA ALVES DOS SANTOS
19/07/2021 11:52
O corpo é uma construção social, emissor e receptor do conjunto de sistemas simbólicos de uma determinada comunidade. Ou seja, o corpo é uma representação do contexto social e cultural no qual está inserido, e assim como existem muitas sociedades, temos também os múltiplos corpos com suas marcas, e cada marca com uma função de “filiação” ou “separação” de identidade no interior da comunidade (LE BRETON, 2012). O estigma é uma marca social de descrédito, considerado um defeito, desvantagem ou sinal de fraqueza que é inscrita no corpo/sujeito (GOFFMAN, 2008). Na contemporaneidade, aqueles que fogem ao padrão dos atuais modelos vigentes tendem a sofrer violência simbólica, sendo desprezados, vigiados, subjugados, marginalizados, silenciados e, em certos casos, violentados, operando-se aí a violência física. O tema desta pesquisa está voltado às inter-relações entre corpo, estigma e cinema no ambiente escolar por meio do cinema/filme. Como objeto de estudo, utilizaremos obras fílmicas que trazem reflexões sobre as temáticas propostas, configurando-se, metodologicamente, como um estudo qualitativo, de cunho descritivo-exploratório, a partir de análises fílmicas. O problema de pesquisa está relacionado à potencialidade do uso do cinema/filme no contexto educacional para problematizar as questões relacionadas ao corpo e estigma. E pretende responder a seguinte pergunta: Como as questões referentes ao corpo e estigma podem ser problematizadas a partir do uso de filmes? Assim, o objetivo geral é problematizar as relações entre corpo e estigma a partir da análise de obras cinematográficas. Tem-se como objetivos específicos: (a) Demonstrar a importância de problematizar as questões relacionadas a corpo e estigma no ambiente escolar ou contexto educacional; (b) Investigar a potencialidade do cinema para problematizar questões referentes ao corpo e estigma; (c) compreender como a estética e efeitos do filme mobilizam o espectador a refletir sobre o corpo e estigma nos variados contextos de representação cultural no qual o corpo está inserido.
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