Banca de DEFESA: ANDRESSA ARAÚJO SOUZA
13/07/2021 09:31
A pesquisa analisa os desdobramentos do trabalho têxtil pós reestruturação produtiva do capital, no município de Itabuna, na Bahia. Os anos de 1990 marcam a chegada das empresas Penalty e Triffil no município de Itabuna, como resposta ao ajuste espacial do capital e sua busca de condições favoráveis de acumulação. É nesse contexto que as empresas se espacializam com a proposta de geração de emprego e renda para o exército industrial de reserva associado à crise estrutural do capital, que se prolonga desde a década de 1970. Partiu-se de uma revisão da literatura sobre a ontologia do Trabalho e sobre as mudanças no mundo do trabalho no contexto da acumulação flexível para em seguida apresentar a reestruturação produtiva como pano de fundo da apropriação de espaços, tornando-os territórios de consumo do trabalho vivo precarizado. As empresas, que são importantes fontes de trabalho do município, na ânsia pela adequação à concorrência capitalista, vem promovendo nos últimos anos o enxugamento das respectivas fábricas, com demissões de trabalhadores e constante rotatividade do trabalho no seu interior, submetendo os que permanecem a pressões exercidas com o trabalho polivalente e flexível. As condições presentes no trabalho fabril apontam um processo de coisificação do trabalho, dadas as condições de ausência de direitos e submissão às regras impostas no cenário recente, que prejudicam principalmente as mulheres e ampliam as desigualdades de gênero. Assim, as marcas encontradas na nova configuração do trabalho são preocupantes, devido a inserção dos trabalhadora/es na lógica destrutiva que afeta todas as esferas da vida humana, e que dificultam sua organização por melhores condições de reprodução social.
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