Banca de QUALIFICAÇÃO: SCARLETT MARIA ARAÚJO MORAES
07/07/2021 11:41
O advento da cor no cinema desperta reflexões desde que os primeiros filmes surgiram, quando as escalas cromáticas ainda eram ausentes, mas já problematizavam efeitos e sugestões ópticas junto ao público. Tamanha foi a polivalência conquistada na passagem histórica da colorização manual das películas para a manipulação proporcionada pela tecnologia digital, que identificamos a necessidade de um método capaz de assegurar a legitimação das interpretações possíveis a esse elemento nos filmes. Sob esse intuito, propomos abordar a cor enquanto signo segundo a Semiótica de Charles S. Peirce, cuja base fenomenológica na concepção dos signos e nos conceitos de sua Gramática Especulativa, serve-nos de pontos de referência para um percurso analítico que parta do nível dos sentimentos imediatos – do campo estético, e alcance, se for o caso, o nível dos pensamentos – ao campo lógico. A partir dessa abordagem, e localizando a cor na esfera da narrativa fílmica, recorremos a autores como Júlio Plaza (2003), Lúcia Santaella (2002) – cujos estudos usam da corrente peirceana para uma semiótica aplicada – e Martine Joly (1994), que transita entre a Semiologia e a Semiótica. Nosso objetivo é constatar a maneira como a cor se vincula no contexto ou conteúdo de um filme, a partir de conhecimentos semióticos e específicos acerca do fenômeno cromático no cinema, e de ferramentas da análise fílmica para analisar as qualidades da cor, o que ela denota e como o faz, e os efeitos que provoca no intérprete, o que valida, em certa medida, a atividade e subjetividade do espectador. Ao propor e exemplificar um método, buscamos aprofundar a experimentação fílmica a partir da camada de sentido cromático.
SIGAA | Superintendência de Tecnologia da Informação/UFS | Telefonista/UFS (79)3194-6600 | Copyright © 2009-2024 - UFRN v3.5.16 -r19130-f2d2efc73e