NOTA DO DLES A RESPEITO DA ELEIÇÃO PARA DIREÇÃO DO CECH

Docentes, representantes discentes e TAE do Departamento de Letras Estrangeiras (DLES) da UFS, reunidos no dia 31 de maio de 2021, manifestaram a sua indignação com relação à formação da lista tríplice para a escolha da Direção do CECH, gestão 2021-2024, que ocorreu em 20 de maio de 2021.

Em primeiro lugar, destacamos a relevância da consulta pública para os trâmites democráticos no âmbito da Universidade e apresentamos, em números, a expressividade do ato e da participação da Comunidade Acadêmica para a decisão da Direção do nosso Centro.  

Como divulgado, na consulta pública, foram homologados 828 votos válidos, entre discentes, docentes e TAEs, dentre os quais, a Chapa 2 obteve 73,6% dos votos válidos (610 votos), enquanto a Chapa 1, 26,3% (218), demonstrando, assim, a preferência da Comunidade Acadêmica pela Chapa 2. Em números absolutos, a diferença de 392 votos já demonstraria que não há dúvidas com relação a qual grupo (e com qual projeto) foi escolhido para dirigir o CECH no próximo quadriênio.  Visando reforçar o significado de tal resultado, relembramos a história deste Centro retomando os números da consulta pública feita em 2017, que teve 929 votos válidos e 4 chapas inscritas. Naquela eleição, a Chapa 1, hoje ocupando a Direção do CECH, obteve o número total de 32% dos votos (302 votos), sendo 32.5% (241 votos) de discentes, 31,9% (54 votos) de docentes e 36,8% (7 votos) de TAEs. Na consulta atual, a Chapa 1 - que mantém parte da composição da Chapa 1 de 2017 - obteve o total de 26,3% dos votos (218 votos), divididos entre 24,7% (153 votos) de discentes, 28,7% (56 votos) de docentes e 60% (9 votos) dos TAEs. Evidencia-se, assim, que, proporcionalmente, a Chapa 1 teve uma redução na quantidade de votos em números percentuais, se considerada também a diminuição da concorrência de 4 para apenas 2 Chapas. Portanto, a questão que se destaca é que a votação na chapa 2 foi expressiva em números e aponta para um resultado indiscutível, em que a comunidade acadêmica votou na chapa com a proposta que melhor a representaria, independente do novo formato das eleições.

O DLES se manifesta por entender que o Conselho tomou uma decisão antidemocrática ao não respeitar a consulta pública, na medida em que o resultado dos representantes indicou, para o cargo de Direção, a candidata da chapa 2 com apenas um voto de diferença. Com o empate para o cargo de vice-direção resultante do voto dos conselheiros, foi indicado para ocupar o primeiro lugar da lista tríplice o representante da chapa 1. Essa situação gerou um resultado que, caso seja acatado pelo reitor, pode dificultar/tornar inviável a governabilidade dos gestores, que não compartilham do mesmo projeto, já que foi indicada, em primeiro lugar da lista tríplice, a candidata da chapa 2 para Diretora e para Vice-diretor o candidato da chapa 2, não condizente com o resultado da Consulta Pública. Reiteramos a importância da Consulta Pública no processo eleitoral de decisão da direção de nosso Centro, pois trata-se de uma atividade necessária, legítima, institucionalizada e realizada pelos meios formais na Universidade, usando, inclusive, o SIGEleição no Sistema Integrado de Gestão de Atividades Acadêmicas (SIGAA). 

Por fim, docentes, discentes e TAE deste Departamento se unem a outros que já manifestaram sua insatisfação para reivindicar que seja respeitado o resultado da Consulta à Comunidade Acadêmica, com o objetivo de garantir a democracia dentro da Instituição que nos é tão cara.

São Cristóvão, 07 de junho de 2021.