Banca de QUALIFICAÇÃO: CARLEANE SOARES DA SILVA
21/06/2021 18:55
A princípio, o esforço feito aqui é uma tentativa de entender o poder da Técnica e da Tecnologia sobre a Vida no sentido de compreender que estas são o que a espécie humana dispõe para potencializar o Corpo enquanto organismo para além de suas capacidades biológicas. Pela ciência, o homem dominou a natureza, assumiu o controle da própria existência e solicitou a sua condição de Deus. Sendo assim, as ciências médicas por meio das Técnicas e dos aparatos tecnológicos, tornaram o Corpo humano um território das mais variadas manipulações. Pensar no uso das Técnicas e especificamente, no uso das Técnicas médicas sobre os Corpos, é entende-las enquanto um conjunto de protocolos que utilizam meios para alcançar uma certa finalidade: “Conservação da vida”. Juntando-se a isso, a incorporação da maquinaria médica ao corpo, tornou possível ao homem, interferir no processo de “morte”, agindo sobre o próprio fenômeno, conhecendo, desvendando e reaplicando por via de repetições, os mesmos protocolos. Desta forma, o Corpo em simbiose com a Técnica/Tecnologia coloca o mesmo em variação potencializando sua natureza. Aqui, trata-se da chegada de uma “natureza artificial”, com todas as controvérsias que uma expressão como essa pode provocar. Portanto, a problemática dessa pesquisa gira em torno da seguinte questão: Será que os alunos do curso de Medicina da Universidade Federal de Sergipe, Campus Universitário Professor Antônio Garcia Filho, localizado no Munícipio de Lagarto – SE estão sendo preparados durante a graduação para lidar efetivamente com a manutenção da vida via tecnologia? Para nortear a nossa questão principal, levantamos outras indagações: Como educar este Corpo? Visto que as práticas são “produtoras” deles. Qual o sentido de “ter o poder sobre as mãos” para agir sobre esses processos de manutenção da vida? Dado que, o Corpo é o lugar da Morte. Quais são as percepções dos alunos graduados, graduandos e professores a respeito do poder da Técnica e da Tecnologia sobre a Vida? Enquanto pesquisadores do campo da Educação entendemos que é preciso problematizar os modos como esses discursos são responsáveis pela produção de sentido sobre os Corpos, nesse caso, o Corpo médico.
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